segunda-feira, abril 30, 2012

Revolução Francesa

As eleições presidenciais francesas estão a ser seguidas de forma inusitada pelos outros países. Até a Senhora Merkel meteu uma colherada…
Aproveitando a gafe da chanceler alemã, que quis dar uma mãozinha ao melífluo Sarkozy,  Hollande não se ficou e pede vitória para a França, para a Europa e para o mundo.
Uma nova Revolução Francesa.  

domingo, abril 29, 2012

Saciar os vampiros

Os  espanhóis estão a chegar às mesmas conclusões a que nós chegámos: As medidas de austeridades sobrecarregam os cidadãos, mas não acalmam os mercados.
O problema, nosso e dos espanhóis, é que ambos os governos acreditam que, sangrando  os cidadãos ( 25% de desempregados em Espanha, 15% em Portugal), conseguem saciar o vampirismo dos mercados. Porém, se continuarem a insistir nesta receita, acabarão com o que resta da economia.
Só então, quando  não houver mais nada para sugar, os vampiros largarão a presa.

sábado, abril 28, 2012

"Crime, disse ele..."


João Bartolomeu (presidente da União de Leiria), assegura que o pré-aviso de greve dos atletas "não está correto", porque, segundo ele,  os jogadores contaram  o dia 1 de Maio como dia útil.
Não deixa de ser irónico, porque, para os jogadores de futebol,  até os domingos são dias de trabalho.
Porém, se isto fosse crime, o que será não pagar o salário a quem trabalha?

sexta-feira, abril 27, 2012

“Os Donos do País”


Como em qualquer “república das bananas”, quem manda no país são os grandes interesses económicos, chamem-se EDPs, PTs, Galps, bancos, etc..
Chegados ao poder, os governos legitimados pelo voto popular não resistem à pressão dos poderosos e põem o estado ao seu serviço, prejudicando o interesse geral.
É uma pecha da nossa democracia, que nos livrou do fascismo, mas nunca conseguiu libertar-nos dum fardo que carregamos desde a monarquia…

quinta-feira, abril 26, 2012

Sem pingo vergonha

“…o discurso do PR - ainda que inadvertidamente - acabou por ser um extraordinário elogio aos governos de Sócrates…    Cavaco Silva não repetiu que "há limites para os sacrifícios", como lembrou, oportuno, o líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã.,,
“…O que Cavaco repetiu foi boa parte dos argumentos que, ao longo de várias sessões legislativas, José Sócrates elencou em inúmeras intervenções, dentro e fora da Assembleia da República.
Porque as razões do orgulho português, tal como o PR as apresentou hoje, 25 de abril de 2012, são em grande medida as bandeiras do Governo anterior: o salto que o país deu na ciência, na investigação e desenvolvimento, na cultura, nas artes plásticas, nas indústrias criativas, na inovação em setores tradicionais, no investimento em infraestruturas e em energias alternativas. Até no plano político-diplomático Cavaco se recorreu da herança dos governos socialistas, ao louvar o Tratado de Lisboa e a eleição de Portugal para o Conselho de Segurança da ONU.”

quarta-feira, abril 25, 2012

Um dia diferente


"Voltam para a varanda e acompanham o avanço dos carros de combate até estacarem a alguma distância da outra tropa. Parecem medir forças. Soldados esforçam-se por manter as distâncias, mas há cada vez mais gente atrás dos tanques
- Deus nos livre se houver um tiro! – suspira Abílio Tomás, seguindo o vaivém dos emissários.
Ninguém recua nem está disposto a ceder. Não param, os motores dos tanques, a resfolegar para a investida.
Quem será o oficial de lenço branco que enfrenta agora os carros de combate? Guia-o a certeza das causas justas e arma-o a coragem dos heróis que morrem cedo, vivendo para sempre no coração dos povos. É a multidão sustida a custo pelos soldados que lhe dá força, inclinando a seu favor a balança da história. Teme-se a tragédia. Os segundos parecem horas, mas ninguém se atreve ao disparo fatal. Cecília protege-se no abraço de Luís, mas o que ouve não são tiros. É a alegria do povo a receber a liberdade no lenço branco daquele oficial que regressa ao nascer do sol, levando consigo os monstros já domesticados.
- Somos livres, meu amor – não se contém, abraçando Luís espontaneamente.
Repara no espanto do pai, na outra ponta da varanda, e lembra-se do que tem para lhe dizer. Solta-se dos braços do amado e puxa-o para junto deles. Abílio Tomás obedece a contragosto.
 - Que se passa?! – questiona Luís, intrigado com a encenação.
Mas Cecília é uma menina travessa que faz o que quer daqueles dois e ri-se do seu  ar embasbacado, fitando-os com os olhos de encanto. Abraça-se ao pai, no momento de lhe dar a novidade:
 - Estou grávida!
Ambos se confundem na emoção das lágrimas. Luís tem medo de acreditar na sorte de um só dia e tarda a recuperar do choque de saber que vai ser pai. Mas não chora. As lágrimas gastou-as na secura dos desertos que atravessou. É Cecília que vem arrancá-lo ao seu torpor.
- Não ficaste satisfeito?
Beijam-se, sem palavras, ao sol que venceu finalmente as nuvens da manhã. Distraem-se do rádio que anuncia movimentações no Largo do Carmo e mal ouvem a voz cava de Abílio Tomás a sair do gabinete. 
- Que sejam felizes…


Era o passaporte da felicidade. Em breve se abrirão também os ferrolhos que tentam retardar a liberdade. Luís sorri, acreditando finalmente.
- Vamos para a rua!
Correm de mão dada pelo passeio, como crianças em dia de aniversário. Têm pressa de mostrar o seu amor e festejar com toda a gente a vida que fizeram nascer. Respira-se outro ar e já perderam o medo às palavras. Nem dão pelo sinal de trânsito onde a PIDE se encostava para espiar Luís. Era o sentido proibido que os tanques derrubaram.
- Devagar querida, olha o bebé! – lembra-se Luís, subitamente.
Um contínuo, que aguardava por ordens à porta da Câmara Municipal, não viu bebé nenhum e apurou o ouvido, intrigado.
- Foi também aqui que mataram D. Carlos em 1908 e foi proclamada a República em 1910 – disse o rapaz, apontando para onde ainda há pouco manobravam os tanques.
- Que dia é hoje? - perguntou a rapariga, mais preocupada com outras datas.
- Vinte e cinco de Abril! – ouviu-se, quando dobravam a esquina do largo. "

terça-feira, abril 24, 2012

Pesadelos de 24 de Abril

Este governo não gosta dos Capitães de Abril.  O Presidente da República também não. Alberto João Jardim ainda menos.  
Se lhes derem corda, um dia acordamos no 24 de Abril…
Os que não hesitaram em se  aliar a esta gente para deitar abaixo o "governo de direita do PS”, continuam a garantir que não lhes falte o cordame...

segunda-feira, abril 23, 2012

Separar as águas

Os militares de Abril, através da associação que os representa, decidiram não participar nas celebrações oficiais do 25 de Abril.  
Se eu fosse militar de Abril, também não gostaria de participar em cerimónias para celebrar a revolução  conhecida mundialmente como “A Revolução dos Cravos”, ao lado de quem faz questão  de recusar o símbolo da própria revolução: o cravo vermelho.
Esta razão seria suficiente, mas os militares, que descerão a Avenida da Liberdade integrando as comemorações populares, invocam ainda as seguintes,  para não darem o seu aval às comemorações  oficiais:
There will be a day…

Follow the Money

Jardim não gostou que lhe entrassem em casa sem pedir licença. Ninguém gosta. Porém, neste caso, andavam apenas a seguir o rasto do nosso dinheiro…   

domingo, abril 22, 2012

Ladrões de estrada

Para sacar - lançar impostos, reduzir salários, cortar subsídios - este governo decide de um dia para o outro, sem hesitações.
Não é tão lesto a pagar o que deve, e , como os vulgares caloteiros, refugia-se em lugares comuns que destroem os resquícios de confiança que lhe restam.
 Quando for possível”, “ o mais rapidamente possível”,  são desculpas que não disfarçam a má fé com que o governo atua na sua relação com os governados, a quem subtrai abusivamente  o dinheiro sem mostrar vontade de devolver.
O Ministro das Finanças, Vitor Gaspar, assemelha-se cada vez mais àqueles personagens de Dickens que fazem da miséria alheia a razão da própria felicidade.

sábado, abril 21, 2012

Aberrações


Um herói português


Chamam-lhe bigamia, mas não sei se Otelo a assumiu juridicamente. Se não assumiu, não se percebe o escândalo,  porque  bígamos  “não jurídicos”  sempre os houve, como a história da nossa monarquia prova  à exaustão...
Em qualquer caso, para quem já passou dos setenta, se é verdade que  de Segunda a Quinta é com uma, de Sexta a Domingo com a outra,  só mesmo um herói...

sexta-feira, abril 20, 2012

Quem é amigo, quem é?


quinta-feira, abril 19, 2012

Noticias de hoje, que ontem já sabíamos

 Se fosse pelos bispos, não se mexia nos feriados religiosos (José Policarpo – Cardeal)
«Portugueses disponíveis para sacrifícios» (Vitor Gaspar – Ministro)
Passos Coelho está a fazer "um péssimo trabalho" (Mário Soares  em tempos, Presidente da República)

quarta-feira, abril 18, 2012

O que eles inventam


Decididamente, este governo passou à fase do insulto, na sua relação com os governados.
Não com todos, apenas com os mais fracos.
Para os  poderosos, até inventa e paga indemnizações a que não têm direito, como aconteceu com a Lusoponte.

terça-feira, abril 17, 2012

Vingança

Argentina nacionaliza filial da Repsol

O Messi também foi nacionalizado pelo Barcelona. Na selecção argentina, nem se vê…

segunda-feira, abril 16, 2012

O Professor-Peneira


Marcelo Rebelo de Sousa gosta de dar conselhos. Ontem, passou uma boa parte do seu tempo dominical a avisar Passos Coelho sobre o que devia e não devia fazer.
Porém, como a franqueza do professor tem os seus dias, não foi capaz de lhe dizer que as intervenções diárias que fez a partir de Moçambique foram  manifestações da cobardia política que afecta  o primeiro-ministro  desde o dia em que tomou posse. Antes, não era primeiro-ministro….

O professor bem sabe que os cobardes só se safam pela calada, e é por isso que o conselho que dá a Passos Coelho, de “não se expor tanto”, faz todo o sentido. Doutra forma, nem os anjinhos conseguiria enganar.

O que o professor parece não saber é que tentar desculpar os dislates de Passos é o mesmo que tentar tapar o sol com uma peneira. Não que Passos seja um sol, o professor é que não consegue tapar tanta asneira.

domingo, abril 15, 2012

Aguentar o coice


Os reis sempre fizeram da caça um passatempo. Mas não se pense que eram caçadores típicos, daqueles que farejam a caça e a perseguem até a encurralar. Ali, na Tapada de Mafra, ainda subsistem uns abrigos fortificados onde o rei D. Carlos aguardava confortavelmente instalado que os súbditos enxotassem os veados na sua direção. Era só fazer pontaria...
Porém, o que a história regista, e o professor Saraiva não se cansa de repetir, é que D. Carlos era um grande caçador. Com aquele corpanzil, grande seria, mas não aguentava subir os morros da Tapada.
 Em Espanha, a monarquia ainda sobrevive. O rei, apesar de visivelmente limitado por diversas cirurgias, inclusive aos joelhos, achou que teria que fazer jus à tradição e foi para o Botswana caçar elefantes.
Os espanhóis, tal como nós, atravessam uma profunda crise, havendo quem estime em 25% a taxa de desemprego. Nessa conjuntura - a não ser que fosse pelo marfim, o que penso ser proibido internacionalmente -, não se percebe por que carga de água o rei se lembrou de ir caçar elefantes.
Em qualquer caso, serviu para constatar que já não tem idade para aguentar o coice e teve de voltar de charola para a Madrid.  O mesmo é dizer: "el Rey tiene que elegir entre sus responsabilidades o abdicar para poder hacer otro tipo de vida, esto es para poder irse a cazar elefantes a Botsuana en plena crisis."

sexta-feira, abril 13, 2012

“Quem marca este Penalty?”

Quem se interessa por futebol, nomeadamente pelo português, tem agora à disposição um livro que assume, sem complexos nem radicalismos, a necessidade de mudança nos diferentes planos em que esta atividade se desenvolve.
Contribuir para a teorização do fenómeno desportivo, e do futebol português em particular, é um trabalho só por si digno de realce, que merece a atenção das organizações (Federação, Liga, clubes, associações, etc…) e dos diversos intervenientes cuja vida é condicionada pelo futebol.
Parabéns aos autores, Patrick Morais de Carvalho e João Carneiro Ferreira.
O livro foi lançado ontem pela editora Primebooks e em breve estará nas livrarias (FNAC).

quarta-feira, abril 11, 2012

Nunca mais fala?

Este Presidente da República, só fala quando que lhe convém, e sobre o que lhe convém.  Às vezes o resultado não é o esperado,  como quando falou sobre as suas reformas, mas isso é a consequência de olhar demais para o umbigo…
Se em vez de falar quando lhe convém e sobre o que lhe convém, falasse quando interessa ao país e sobre o que interessa ao país, não se enganava tanto.
Esclarecer os portugueses sobre as confusões das ações da SLN,  e da urbanização da Coelha,  podia ser um começo, mas não cai daí abaixo.
Quanto às reformas,  já sabe ao certo  quanto  recebe do Banco de Portugal,  ou continua a  tentar convencer  os portugueses da fábula que lhes contou?

terça-feira, abril 10, 2012

Onde eles já vão...


Foi também nas costas do povo, e pelas mesmas razões (interesse nacional),  que Salazar decidiu mergulhar o país numa guerra inútil que havia de durar até ao 25 de Abril de 1974...

“Um banho de tática”

foto TVI

Não vi, mas ouvi muitos comentários. Pelo que li, vi e ouvi,  sobre  Ricardo Manuel Andrade e Silva Sá Pinto, desde que este tripeiro de sangue azul trocou a camisola do Salgueiros pela do Sporting,  ninguém  contaria  com ele para dar “um banho de tática…”

domingo, abril 08, 2012

Não há domingo sem sol...



Nem Páscoa sem Aleluia... 
Boa Páscoa!

sábado, abril 07, 2012

Lição de Economia

Proposta de um menino de onze anos para salvar o Euro…

sexta-feira, abril 06, 2012

Nunca tão poucos …


Embora a reprodução  da   cassete anti-socrática continue a ter os seus fiéis, já não tem o auditório de outros tempos e, mesmo em sítios .onde outrora se reproduzia  com regularidade semanal,   já mudam a cassete de vez em quando...

Razões para isso? É só escolher, que o menu é diversificado.

Mas “le plat de résistance” continua a ser “a rejeição do PEC IV” uma especialidade cozinhada em Março de 2011 por inspiração de Cavaco Silva, sofregamente devorada  pelos partidos do pote, agora no governo.

É um manjar de lombo de português, com entradas que levam literalmente às lágrimas, à base de subsídios  cortados à cínica. Para sobremesa, há impostos aumentados à discrição. A não perder… 

Enquanto não faltar matéria prima -  o dito lombo de português - o banquete mantem-se em modo non stop, pois segundo as últimas, os comilões são insaciáveis…

quinta-feira, abril 05, 2012

A barbárie ao virar da esquina

A presunção de inocência é um princípio, talvez mesmo o princípio fundamental do estado de direito. Negá-lo, ou criar-lhe exceções porque conjunturalmente dão jeito, é armadilhar a democracia e abrir a porta à violação indiscriminada dos direitos individuais por parte dos diferentes poderes do estado.
A forma como se pretendeu criminalizar o enriquecimento ilícito, (”inverte o ónus da prova e viola o princípio da presunção de inocência ), é uma violação descarada da Constituição da República, de tal forma que não houve um só juiz do Tribunal Constitucional que acolhesse tal formulação.
Porém, o mais grave deste caso é que, dos partidos representados na Assembleia da República (PSD, PS, CDS/PP, PCP, Verdes e B.E.), apenas o PS se tenha apercebido da ilegalidade constitucional que enfermava a lei, levianamente aprovada pelos restantes partidos.
Nota: "Levianamente", aqui, é eufemismo, porque aqueles que pretendem que os réus (sejam eles quais forem) provem a própria inocência sem que a acusação faça prova do crime, não defendem a justiça nem a democracia. O que propõem é um regresso à barbárie.

terça-feira, abril 03, 2012

A Corda Sensível

O ataque, vil e miserável”, de Marcelo Rebelo de Sousa a António José Seguro, não deve cair no saco roto das traquinices, em cujo campeonato Marcelo rivaliza com Alberto João Jardim.
Teve porém o mérito de revelar a corda sensível do atual Secretário Geral do PS, que não se perturba quando o governo faz gato-sapato dos portugueses e deita para o lixo tudo o que lhe cheire a PS, mas faz tremer o Carmo e a Trindade se lhe tocam no aparelho…

Estaroladas dos últimos dias

Entretanto…

Em família

segunda-feira, abril 02, 2012

Em cima do joelho

A impreparação de Passos Coelho para o cargo que os portugueses o elegeram é já um lugar-comum. Dir-me-ão que a culpa é de quem o pôs lá, e não serei eu a desmentir essa afirmação. Porém, como o próprio diria,  essa impreparação está-nos sair do lombo a todos...
Ao suspender o TGV  o governo foi lesto a anunciar uma linha de mercadorias em bitola europeia de Sines para Badajoz. Esqueceu-se, ou nem sequer lhe terá passado pela cabeça, que a linha de bitola europeia prevista de Badajoz para Madrid é a linha do tal TGV - que levianamente arrumou num ramal sem futuro do lado de cá da fronteira.
Sendo embora uma linha mista - carga e passageiros - a linha do TGV não suporta  as cargas pesadas (contentores) que Sines precisa de escoar. Tal como estava, o projecto contemplava as duas situações. 
Os projectos do TGV  e do Novo Aeroporto de Lisboa foram desencadeados e desenvolvidos com a intervenção de governos do PSD e do PS, depois de muitos estudos, inclusive da União Europeia,. Mas nada disto comove o bulldozer Relvas e a sua matilha de rottweilers. Se sentem um leve cheiro a Sócrates, nem  fazem prisioneiros…