Sinceramente, não me surpreende!

Neste país, só os mais pobres estão inocentes, porque a força das circunstâncias a isso os obriga. Os outros conhecem sempre alguém que faz um jeitinho para olear a engrenagem.
Há jeitinhos para tudo, seja para aprovar urbanizações à beirinha do mar, seja para, num abrir e fechar de olhos, substituir centenas de sobreiros por um campo de golfe.
Mas também há casas e as Câmaras Municipais é o que mais têm. Os autarcas deste regime e do outro sempre as usaram para pagar favores (jeitinhos).
É o que todos fazem, sempre fizeram e hão-de arranjar maneira de continuar a fazer.
A culpa não é deste ou daquele presidente de câmara. É de todos nós, mas fazemos de conta que não é de ninguém. Está-nos na massa do sangue.
Por isso também fazemos de conta que nos escandalizamos quando alguém mija fora do penico e expõe a porcaria na praça pública.

É o que está acontecer na Câmara Municipal de Lisboa: os que mais se escandalizam são os menos inocentes...

Goodbye Paul Newman

(Butch Cassidy and the Sundance Kid)



(The Sting)



(The Color of Money)

Recados de Magalhães

"...Portugal não se resume aos meninos da alta classe média cujos papás podem pagar tecnologia de ponta. Porque os da média-média têm sérias dificuldades. E os outros simplesmente não podem (nunca puderam). O que é espantoso é que a democratização da informática, hoje, provoque sobressalto idêntico ao que teria provocado, há cem anos, uma campanha de alfabetização em massa. O resto é cantiga."

(Eduardo Pitta - Da Literatura)

Com armas não se brinca

Ao darem uma licença de porte de arma a um estudante que acabou por matar 10 colegas, as autoridades finlandesas não levaram a sério o problema da proliferação das armas.

O combate à criminalidade não se ganha pondo uma esquadra em cada rua. Ganha-se restringindo a proliferação de armas e castigando os que as possuem ilegalmente.
A tibieza irresponsável com que a nossa magistratura vem tratando os que usam as armas criminalmente, também não ajuda no combate à criminalidade. Atente-se no caso do homicida da esquadra de Portimão, dos atiradores da Quinta da Fonte que todos vimos na televisão e, mais recentemente, daquele imigrante de leste apanhado próximo de Vilar Formoso com um arsenal capaz de armar um pelotão. Todos saíram do tribunal em liberdade.

Num país com dez milhões de habitantes, há um milhão e quatrocentas mil armas registadas e novecentas mil ilegais.
Se isto não é brincar com armas, o que será?…

Nas ondas de Magalhães

Ainda que incomode José Pacheco Pereira, que reparte com o homem da Goldman Sachs a utópica tarefa de dar voz a quem não fala, um dia as ondas em que Magalhães navegou vão produzir electricidade para alimentar os computadores onde as crianças viajarão até aos confins das galáxias.

A cada Papa, a sua água benta

“…as classificações dos árbitros foram adulteradas durante anos consecutivos…”

Democracia por correspondência

O voto por correspondência para a Assembleia Legislativa, que continua a ser defendido pelo PSD, padece dos mesmos males que levaram este partido a proibir o pagamento das quotas dos seus militantes por interpostas pessoas.

A democracia não se faz por correspondência.

"A viagem do elefante"

O novo livro de José Saramago, anunciado aqui por Pilar.

Porque não escrevo sobre Sarah Palin

"Like sharks, barracudas have long had a bad reputation as being dangerous to humans...

Handfeeding or trying to touch them is strongly discouraged..."

Tempo de vindimas

"A MÃO QUE EMBALA O BERÇO"

O Verão não fez bem a Cavaco Silva
Depois do fiasco do suspense criado à volta da devolução do Estatuto dos Açores ao Parlamento, Cavaco Silva muda de estratégia e agora avisa com antecedência: “Posso vetar politicamente o Estatuto dos Açores depois de corrigido das inconstitucionalidades."

Há quem diga que o presidente ficou assim desde que Manuela Ferreira Leite substituiu a má moeda na liderança do PSD por outra de duas caras: A dela, muito sumida, e a de Cavaco Silva, cada vez mais visível.

Até pode brilhar (“o silêncio é de oiro”), mas uma moeda com duas caras, por norma, é falsa.

West Side Story

Antes....













e depois...
(11 de Setembro de 2001)

Harmonia

Descendo para Barca d'Alva

ecos

"... a maior tragédia da justiça portuguesa já nem sequer é deixar fugir os culpados. A maior tragédia é ser incapaz de proteger os inocentes."
(João Miguel Tavares - DN Online)

Revelado finalmente o segredo de Castelo de Vide

“Ferreira Leite propõe-se a "libertar o país"
(título do Expresso)

O suspense não era para menos...

Vida alheia

É natural que os meios de comunicação, os comentadores e os bloggers se interessem pelas eleições americanas e acompanhem o percurso dos candidatos. Excessivo é o proselitismo com que se defende ou ataca este ou aquele candidato, como se a competência para a sua eleição não fosse exclusiva do povo americano.

Em Angola não está em causa o resultado das eleições, pois quem a conhece sabe que o MPLA é obrigado a ganhá-las. Se Angola não está bem, seria uma tragédia, caso o MPLA perdesse.

Por isso, a campanha para desacreditar o acto eleitoral angolano, em que alguns órgãos de comunicação social parecem apostados, não tem sentido e é um péssimo serviço.

Insolações

Referendos de 6 em 6 meses, quotas para jovens e descida da idade mínima para votar dos 18 para os 16 anos são algumas das propostas da Universidade de Verão do PSD.

Os participantes, jovens entre 16 e 30 anos maioritariamente filiados no PSD, foram “seleccionados em função do currículo e de um retrato psicológico”.

Só podia ser…

Erro grosseiro

…”o erro relevante para o efeito de constituir o Estado no dever de indemnizar, nos termos do nº 1 do artº 225º do CPP, é tão só o erro manifesto, isto é, grosseiro, notório, crasso, evidente, indesculpável, que se encontra fora do campo em que é natural a incerteza.”

Andam a estudar para quê?

Encontros de férias (1)

Como se chama esta planta?