Com a frontalidade que o caracteriza, ontem, o Ministro Mário Lino explicou mais uma vez as razões porque a localização do Aeroporto Internacional de Lisboa na margem sul do Tejo é desaconselhável e teria como resultado um crime ambiental com graves consequências para o futuro do país:
- Mais de 70% dos utentes do futuro aeroporto residem ou destinam-se à margem norte.
– Situam-se na margem norte as infra-estruturas, urbanas e outras, indispensáveis ao futuro aeroporto
- As zonas da margem sul, referenciadas para o futuro aeroporto, são corredores (aéreos) de aves migratórias.
- As áreas da margem sul, apontadas para o futuro aeroporto, situam-se sobre o maior lençol de águas subterrâneas da Península Ibérica.
Perante o autêntico crime de lesa pátria, que seria a construção de um aeroporto de dimensões gigantescas nestas condições, os detractores da Ota e a oposição, em vez de refutarem com argumentos as afirmações do ministro, exigem-lhe desculpas por ter dito (disse?) que a margem sul era um deserto.
Como diria Pacheco Pereira, “isso não era o essencial…”