segunda-feira, março 31, 2008

"O homem da Goldman Sachs”

Já se sabia que António Borges não era o D. Sebastião, mas depois da entrevista ao Público ficou-se a saber que também já não é “O homem da Goldman Sachs”. Se a sua saída da Goldman Sachs teve a ver coma falta de encomendas do governo português àquele banco, é que fica por esclarecer…

Como diria o Tiago Mendes, “ser competente é bom, só que não chega. A vaidade, ainda se tolera. Mas quando o espírito de liderança e a vontade de dedicação à causa pública são titubeantes, é forçoso dizer não, obrigado."

sexta-feira, março 28, 2008

Educação Básica

O que se passou na escola Carolina Michaëlis é um sintoma da incivilidade irresponsável que grassa no país, ameaçando fazer das futuras gerações cidadãos inimputáveis.

quinta-feira, março 27, 2008

Registos de uma ausência





















sexta-feira, março 14, 2008

Melindres e dignidade

"Não posso acreditar mais nessa gente caída na manifestação só para impedir qualquer alteração ao seu quotidiano. Vejo-os a nunca terem participado em nenhuma manifestação, de facto. A nunca se terem preocupado com a política, com as causas sociais, com os deveres de cidadania. Indivíduos reféns da sua individualidade, projectando no espaço da escola o estéril egocentrismo, usufruindo dos pequenos poderes, do bacoco e provinciano estatuto de professor e fazendo da relação pedagógica um antro de vícios e disfunções narcísicas. Que terramoto os fez sair da toca? Este: a ameaça aos privilégios profissionais e à auto-imagem. Foi isto, apenas. Como se demonstra pelas afirmações dos próprios, reconhecendo que o sistema educativo não responde às necessidades de professores e alunos há décadas; e, no entanto, essa consciência da miséria e da desgraça não os deixou furiosos e belicistas. Irem para uma escola, todos os dias, onde não se reconheciam, que não lhes dava esperança nem sequer segurança, era, pelos vistos, algo aceite e calado. A troco de um salário remediado, de uma profissão sem exigências intelectuais, de uma carreira sem desafios, de uma vida sem realização, lá iam, barafustando consigo próprios, para mais uma insuportável aula. Aparentemente, essa realidade não os deixava indignados."

domingo, março 09, 2008

Day after

"Se o Governo não souber interpretar os sinais, então é a democracia que está causa." (Carvalho da Silva, líder da CGTP)

Carvalho da Silva está preocupado com o incêndio que ajudou a atear. Ele, que até é Doutor, já devia saber que as manifestações não são todas iguais: umas são pela democracia, outras vão noutro sentido.

sexta-feira, março 07, 2008

Que caia o governo!

Um Primeiro-Ministro e um Presidente da República, eleitos sob o signo do controle das contas públicas, não resistiram à demagogia duma manifestação caciquista e sacrificaram um bom Ministro da Saúde, com o álibi de estar excessivamente preocupado com a gestão de recursos…

Desde então sucederam-se as manifestações, exigindo a demissão da Ministra da Educação, notória e excessivamente preocupada com o Ensino Público Obrigatório, apesar dos sindicatos dos professores.

Se na Saúde a pusilanimidade não compensou, a saída de Maria de Lurdes Rodrigues do Ministério da Educação, proporcionando o retorno dos interesses (e das pessoas) responsáveis pela degradação do Ensino Público nas últimas décadas, seria uma tragédia para o país.
Se tiver de ser, que caia o governo, mas haja coragem!

quinta-feira, março 06, 2008

Orgulho nacional

Temos 4, repito, 4 portugueses na lista dos mais ricos do mundo: Américo Amorim, Belmiro de Azevedo, Joe Berardo e Horácio Roque, assim, devidamente ordenados por fortuna.
Transbordo de gratidão e, nem me passa pela cabeça que não façam uso da sua proverbial generosidade, premiando este desinteressado contributo para tão merecida publicidade.
Digam-me para onde mando o NIB…

Mixórdias

Hoje não nos passaria pela cabeça encontrar nas prateleiras dos supermercados produtos perecíveis sem a indicação da respectiva data de validade.
Porém, se pensam que isso aconteceu naturalmente e por iniciativa própria, enganam-se redondamente: os direitos do consumidor só começaram a ter alguma expressão em Portugal quando aderimos à CEE e tivemos que nos adaptar à legislação europeia .

Para o empresariado nacional o consumidor nunca foi uma prioridade e, apesar da demagogia, também não é por causa das colheres de pau nem das bolas de Berlim que o CDS e o PSD estão em guerra com a ASAE.

A verdadeira luta é entre a sociedade retrógrada, que estes partidos representam, e a sociedade desenvolvida que respeita os direitos dos consumidores sem ter de sujeitar-se a “interesses económicos” de legitimidade duvidosa.

quarta-feira, março 05, 2008

Onde é que já ouvi isto?

Isto (“não é esquerda, nem direita, nem social-democracia ou socialismo, nem liberal ou conservador - é "esperança"),
fez-me lembrar isto:

No meio daquele festim de informação, Luís sentia-se como uma criança numa loja de chocolates e desesperava pela saída dos vespertinos. Tinha dificuldade em distinguir o trigo do joio, absorvendo tudo com a passividade de um mata-borrão. Tanto aplaudia as excitações de opositores emergentes que prometiam este mundo e o outro, como se deixava enredar nos sofismas do indeciso mestre que agora leccionava em São Bento. Nem era de esquerda nem de direita, só queria resolver os problemas do país, explicava ele de olhos em alvo na televisão, sem conseguir disfarçar o vazio da plateia. O Botas era mais claro, concluía Luís.”

terça-feira, março 04, 2008

Carapuça? Não, mitra...

“Não é difícil fazer bispos, o que é difícil é fazer padres. Esse é que é um problema. Fazer bispos não é problema.”
(D. Januário Torgal Ferreira, BISPO DAS FORÇAS ARMADAS)

sábado, março 01, 2008

Manifestações

Sem liberdade de manifestação não há democracia.
Mas, um país que se deixa governar a partir da rua, arrisca-se a perdê-la.