quinta-feira, julho 30, 2009

Manuela, a gastadora

quarta-feira, julho 29, 2009

Os Monstros

Um sério contributo para denunciar a mentira mascarada de política de verdade:
"A natureza e as causas do "monstro" em Portugal
José Gomes André (JGA) escreve hoje um artigo em que procura levantar algumas dúvidas sobre as conclusões de Ricardo Reis respeitantes à despesa pública e aos ciclos eleitorais.Esse artigo foi já diversas versas referenciado neste e noutros blogues (aqui, por exemplo). Na essência, o que Ricardo Reis faz é calcular a taxa anual média de crescimento do peso dos gastos correntes do Estado no PIB, para cada um dos governos após 1986, agregando os anos em que Cavaco Silva foi PM, os anos em que Guterres foi PM, e os anos Barroso / Lopes. Conclui que o governo Barroso Lopes foi o que fez crescer mais o peso dos gasts correntes no PIB, seguido dos governos de Cavaco Silva e só depois dos de António Guterres. O governo de José Sócrates apresenta a menor taxa de crescimento média anual dos gastos no PIB (apenas 0,11% contra os 0,65% de Barroso/Lopes). Estes dados geram perplexidade ao autor, Professor de Economia na Universidade de Columbia, porque o partido aparentemente mais fiscalmente conservador, o PSD, é na prática o que mais tem alimentado a máquina do Estado (usualmente designado por Monstro, ou Leviathan, na Economia Pública). O que mostra bem o desajustamento entre o discurso de contenção de gastos do PSD, na oposição, e a sua prática governativa. Foi apenas com esse intuito (Política de Verdade?) que esse estudo foi aqui referenciado.
O JGA levanta então quatro tipo de objecções ao estudo. Responderei pela ordem em que as apresenta.1. Começa por alegar que o estudo não tem em conta "o necessário ajuste do ritmo de crescimento da despesa na sua relação com o crescimento da economia". Sejamos rigorosos. O Ricardo Reis está a analisar a evolução de um rácio (gastos correntes / PIB). Nesse sentido, o ritmo de crescimento do PIB está lá. Quando ele diz que o rácio cresceu 0,65% com Barroso / Lopes quer dizer que o peso dos gastos correntes na economia cresceram nesse período 0,65% acima da evolução do PIB. Porque a média calculada para esses anos tem necessariamente em conta a evolução do numerados (gastos correntes) e a do denominador (PIB). Suponhamos que ambos eram 100 no início de um ano. Se no fim o rácio for 1,03 (por exemplo) isso significa que o peso do gastos no PIB cresceu 3%, ou que os gastos cresceram mais 3% que aquilo que o PIB cresceu. Logo, caríssimo JGA, o crescimento da economia é tido em conta na análise do Ricardo Reis. (há outro sentido mais técnico em que o RR diz já usar dados ajustados ao ciclo!)2.De seguida, JGA diz que apenas são considerados os primeiros três anos e meio do Governo Sócrates. E com a previsível subida dos gastos este ano, parece-lhe que os números vão mudar bastante.
Eu notaria apenas duas coisas. O Ricardo Reis trabalhou com os dados que tinha. Não é culpa dele que os dados de ontem não estejam disponíveis. Em segundo lugar, e mais importante, o que JGA afirma era uma inevitabilidade económica. Os estabilizadores automáticos do saldo orçamental são isso mesmo. Do lado das receitas do Estado, a crise económica leva a que o montante arrecadado em impostos seja menor. E as transferências sociais aumentam. O saldo orçamental tem natureza contracíclica e, por isso, ajuda a suavizar a crise. É suficiente? Não. Por isso mesmo é preciso mais investimento público.A minha dúvida é se o JGA, ou o PSD, defenderiam uma solução germânica, em que, espantosamente, o Parlamento aprovou uma inconcebível regra de contenção orçamental (peso do défice no PIB máximo de 0,35%) no pico da crise! Isto só pode ser conseguido se, numa altura em que a Alemanha é um dos países europeus mais afectados pela crise, os impostos forem aumentados brutalmente. Estima-se que seja necessária uma subida do IVA para 25%! O que já é uma crise de procura grave será ainda pior na Alemanha, porque se está a contrariar a lógica de estabilização automática do saldo, antes, forçando uma artificial natureza cíclica.3. JGA considera incompreensível e incoerente que se conclua que sendo o PSD quem mais gasta, os governos de maioria absoluta gastem em média menos. Não há nada como exemplificar para mostrar como é coerente e tem uma explicação: é que o governo de José Sócrates fez crescer o monstro mesmo muito menos que os de Cavaco Silva em maioria absoluta.Para José Sócrates, tomemos 3,5 anos de referência a um crescimento anual médio de 0,11%. Para os 8 anos de maioria absoluta PSD consideremos 0,3% de crescimento anual médio dos gastos. A média para os 11,5 anos de maioria absoluta seria aproximadamente 0,24%. [nota: média geométrica]
Consideremos os 11,5 anos sem maioria absoluta. Admitamos que, num ano e meio, o PSD alimentou o monstro 0,45% ao ano. Sabemos que em 7 anos António Guterres fez crescer o rácio à média anual de 0,2%, e que Barroso/Lopes, em 3 anos, provocaram um crescimento médio anual de 0,65%. A média anual dos 11,5 anos sem maioria absoluta é 0,35% aproximadamente!Em síntese, é perfeitamente possível que em maioria absoluta o rácio da despesa no PIB cresça a uma taxa anual média mais baixa, e que o PS seja o partido mais fiscalmente responsável. O segredo é que o Governo de José Sócrates foi mesmo bastante responsável no controlo da máquina do Estado, o que não sucedeu no cavaquismo!4. Baseado apenas na sua percepção a olho, JGA conclui que: Guterres e Cavaco foram equivalentes (Ricardo Reis conclui por uma maior disciplina orçamental do primeiro, mas que importa isso?), que de Sócrates nada se pode dizer sem os dados finais (para quem se preocupava com o ajustamento ao ritmo da economia real, é no mínimo estranho), e que de Barroso / Lopes devemos culpar Santana Lopes apenas.
É certo, como se diz aqui, que o Governo de Santana Lopes foi o mais despesista. Não posso concordar mais. Recordava apenas três factos:a) Santana Lopes foi PM sensivelmente 10 meses, enquanto Barroso terá sido 26. Uma taxa de crescimento anual média de 0,65% implica que mesmo que Barroso tivesse "apenas" feito crescer o rácio 0,45% ao ano, Santana Lopes tinha que em 10 meses ter provocado um crescimento 160% superior ao de Durão Barroso! A conclusão é clara. Santana Lopes foi um péssimo PM, mas não inocentemos Barroso desta forma. O que significa dizer que Manuela Ferreira Leite foi das primeiras responsáveis pela explosão dos gastos correntes, enquanto Ministra das Finanças de Barroso;b) Mesmo que Santana causasse esse crescimento espantoso, Manuela continuava a estar associada a 0,45% ao ano, o que é muito mais que Guterres, e muitíssimo mais que José Sócrates;c)
E neste último cenário a credibilidade financeira do parceiro de coligação natural do PSD, o CDS/PP, e de Bagão Félix (ministro das Finanças de Santana Lopes) saem resplandecentes...
Em síntese, neste quarto ponto JGA elimina não só a aúrea de Manuela Ferreira Leite, como consegue arrastar para a lama a única solução governativa que o PSD pudesse ter para oferecer ao país, ao destruir a credibilidade de um dos mais reputados economistas do PP."

segunda-feira, julho 27, 2009

Res, non verba

Ultimamente as notícias começam quase sempre por “fulano diz que…”, seguido inexoravelmente por “sicrano responde que…”.

Esta conversa da treta pode ser do agrado de gente ociosa, mas seria refrescante que fosse substituída por “fulano fez, ou vai fazer, isto ou aquilo…” e “sicrano fez, ou vai fazer, outra coisa qualquer…”

domingo, julho 26, 2009

Fogo posto

"Madeira: tiros abatem zeppelin preparado pelo PND para sobrevoar Chão da Lagoa."

Incurável

Quando João Cordeiro aparece, não traz remédio, só veneno.

sexta-feira, julho 24, 2009

Direita, jamais!

quinta-feira, julho 23, 2009

Fruta estragada

Quando o anterior provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues, saiu do cargo a espingardar contra tudo o que não cheirasse a laranja, houve quem estranhasse, mas ninguém suspeitaria que a sua gestão estivesse manchada por irregularidades e ilegalidades.
Agora é oficial.

terça-feira, julho 21, 2009

SIMplex

Um projecto que integra muitos companheiros de “A Forma e o Conteúdo”.
Apoiamo-los sem reservas.

domingo, julho 19, 2009

Programa eleitoral (envergonhado)

Questionado pela companheira dos domingos à noite se também achava que Manuela Ferreira Leite tinha direito a uma interpretação especial (porque se baralha, segundo Pacheco Pereira), Marcelo Rebelo de Sousa aconselhou a líder calar-se, insinuando que talvez assim o PSD ganhe as eleições.

Resumindo: Se Manuela Ferreira Leite não falar, talvez engane os portugueses.

sexta-feira, julho 17, 2009

O que se perde por não ver a Quadratura do Circulo

"Manuela Ferreira Leite tem direito a uma interpretação especial (...) Enreda-se, tropeça, troca."
Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo.
(via Jugular).

Palavras para quê?

No Continente, onde a comunicação social divulga o que sabe e o que não sabe, o PSD (Paulo Rangel) queixa-se de claustrofobia democrática e revolta-se contra a mordaça.

Mas quando, na Madeira, Jardim ameaça os comunistas com a clandestinidade, nem o PSD abre o bico, nem Manuela Ferreira Leite cancela o piquenique de Chão da Lagoa.

quinta-feira, julho 16, 2009

“Fosso entre ricos e pobres está a diminuir há três anos”

A demagogia corporativa e a má-língua rasca tomaram conta dos telejornais e até estranhamos quando aparecem notícias destas:
Os números são do INE e dizem que as desigualdades entre ricos e pobres estão a diminuir em Portugal. A diferença entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres caiu pelo terceiro ano consecutivo.”
A verdade é esta, ainda que estrague os planos dos fazedores do fórum dos pobrezinhos…

quarta-feira, julho 15, 2009

Costa acima

Não voto em Lisboa, mas faço CLAC.

terça-feira, julho 14, 2009

“Cesse tudo o que a Musa antígua canta, Que outro valor mais alto se alevanta.”

Os vinhos que ganham medalhas (Londres, Bruxelas, Quebec… ) são produzidos nas vinhas mais altas de Portugal (700 metros de altitude), “a poucos quilómetros da aldeia de Vilar Torpim”…

segunda-feira, julho 13, 2009

Beirão e meio

domingo, julho 12, 2009

Sem Ti

Sem ti,
Pode haver luz,
Mas não é dia.
Fará sol,
Mas sem calor.

Sem ti,
Haverá riso,
Sem alegria.
Haverá vida,
Sem amor.

sábado, julho 11, 2009

A Lavadeira

A militância do José Pacheco Pereira chegou ao ponto de abrir uma lavandaria para limpar a roupa suja acumulada no partido desde os tempos do cavaquismo. Até a mais encardida, como a do BPN, sai limpinha…

quinta-feira, julho 09, 2009

Quando o umbigo é grande, dói o cotovelo


O golo, que o “fedelho” marcou do meio da rua e pôs o FCP fora da champions, não afectou apenas o cotovelo de Pinto da Costa…

“Era só tinta…”

A fábula dos cisnes brancos que, afinal, eram negros.
(uma produção de João Pinto e Castro)

quarta-feira, julho 08, 2009

"O Grande Culpado"

Para quem acompanhou pela televisão as audições da Comissão Parlamentar de Inquérito ao BPN, cedo ficou claro que alguns deputados se preocupavam mais em desacreditar o Banco de Portugal – cujo governador, Vítor Constâncio, é figura prestigiada do PS – do que em saber a verdade do que se passou BPN.

A forma como Oliveira e Costa foi ali recebido é um exemplo disso mesmo: Os deputados não se limitaram a recebê-lo educadamente. Não! Numa infeliz demonstração de falta de Sentido de Estado, inaceitável em deputados da República, a Comissão tratou o único arguido do processo com mais simpatia e cordialidade do que as dispensadas a Vítor Constâncio e demais elementos do Banco de Portugal…

Embora faça recomendações à Supervisão Bancária, o relatório não condena a actuação do Banco de Portugal. Naturalmente isso não satisfez os partidos da oposição, particularmente o PCP e o CDS cujos deputados (Honório Novo e Nuno Melo) ainda convalescem do tratamento ministrado com superioridade moral e intelectual com que o Governador do Banco de Portugal lhes desmascarou a mesquinhez.

terça-feira, julho 07, 2009

PME’s

As medidas que a direita portuguesa preconiza para apoiar as PME’s não diferem muito das que usa para apoiar os pobrezinhos: Dão-se umas sopas, mas nada se faz para acabar com a pobreza.

É assim desde os tempos de Salazar, com quem, no plano da filosofia económica, Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva comparam mais do que com Marcelo Caetano, que proporcionou o aparecimento da Ala Liberal de que já nem vestígios se vislumbram no actual PSD…

domingo, julho 05, 2009

Admirações

É bom saber que Aníbal Cavaco Silva admira a pianista Maria João Pires.
Mas o que é verdadeiramente de admirar é ter “uma grande admiração” por uma pessoa que renunciou à nacionalidade portuguesa porque o Estado (isto é, nós, contribuintes) recusou pagar as dívidas que ela contraiu…

sexta-feira, julho 03, 2009

O Gesto é Tudo?

Manuel Pinho foi provavelmente o melhor ministro da economia das últimas décadas. A sua visão foi essencial para a mudança das bases em que assentava a economia portuguesa.
Se Portugal já não é o país da baixa tecnologia e da mão-de-obra intensiva, muito deve a Manuel Pinho, enquanto Ministro da Economia.
Não há gesto, por mais infeliz que seja, que deva fazer esquecer a obra.

Adiante!

quarta-feira, julho 01, 2009

A verdade é tramada…

Há dias, Manuela Ferreira Leite reivindicou o património da verdade para o PSD.
Agora, foi apanhada a mentir.

O seu hábito de malbaratar o património tornou-se um vício…