Salazar elevou a ignorância ao patamar da virtude. Fê-lo com objectivos políticos. Para o garantir, instituiu a censura sobre as notícias, os jornais, os livros, o teatro, o cinema, a música, o ensino … Nem as touradas escapavam. Para os indisciplinados, que tentavam furar as malhas da rede que aprisionava o pensamento, criou a PIDE.
Mais de trinta anos passados sobre a revolução que acabou com esta ignomínia, é triste ver responsáveis políticos atacar iniciativas que visam melhorar a educação do povo. Nesta matéria, o PSD é reincidente.
Primeiro foi a campanha contra o computador Magalhães, uma iniciativa exemplar reconhecida além fronteiras, que em poucos anos transformou por completo o ambiente escolar, proporcionando às nossas crianças uma desenvoltura no tratamento da informação que poucos julgariam ao seu alcance.
Se a campanha contra o
Magalhães é uma nódoa no currículo do
intelectual José Pacheco Pereira, o
jovem Passos Coelho não quer ficar atrás e, em plena campanha para as eleições legislativas, não encontrou melhor tema para combater o governo do que atacar uma das suas iniciativas mais consensuais e meritórias: O
Programa Novas Oportunidade.
As teias de aranha do salazarismo ainda embaraçam muita gente. Aliás, na Madeira, a aranha
continua bem viva......