Até ontem, havia razões para pensar que o Presidente da
República , Aníbal Cavaco Silva, seria um dos raros portugueses que se identificavam
e concordavam com as medidas previstas
no orçamento para 2013. Tendo-o
promulgado na última Sexta-Feira, tudo apontava para que assim fosse.
Se bem me lembro, foi exatamente por não haver justiça na “repartição
dos sacrifícios” que o Tribunal Constitucional considerou inconstitucional o Orçamento de
2012 …
Ora, se o Presidente da República acha que o orçamento de 2013
padece do mesmo mal, devia ter pedido ao Tribunal Constitucional a sua fiscalização
prévia. Mas não. Promulgou-o! Porém, como quer estar bem com Deus e com o Diabo, manda-o para fiscalização sucessiva.
Ou seja: Primeiro, manda o barro à parede, depois, lava daí
as mãos. Um Pilatos, ao vivo e a cores…