Com a desculpa desta "narrativa da dívida", PSD e CDS,
com a bênção de Cavaco Silva, impuseram-nos a troika, foram “além da troika”, destruíram
a economia, lançaram no desemprego milhares de famílias, fizeram o maior
aumento de impostos, cortaram salários e pensões como não há memória, e, pasme-se,
a dívida pública aumentou mais de 30%.
É tempo de encarar os factos: Esta
receita não melhora nada, só piora. Piora a dívida, piora a vida das famílias, piora
a economia. Só não vê quem não quer ver e está enfeudado às teorias do capital
financeiro, ele sim, o principal responsável pela crise da dívida.
Em vez de canalizar o dinheiro dos
depositantes para a economia, o capital financeiro enterra-o em operações especulativas
não produtivas, por vezes ilegais. Só na última década, não têm conta os bancos
que foram abalados por estas manobras. Alguns tiveram mesmo que fechar as portas
e a outros valeu-lhes a ajuda dos estados e dos respetivos contribuintes.
Portugal não foi exceção. Depois
do escândalo BPN, vários bancos sentiram o abalo da especulação, com o grupo BES/GES
a ser o exemplo acabado da irresponsabilidade social do capital financeiro.
Só o crescimento resolve o
problema da divida. Não é o corte de salários e pensões. O importante, é
canalizar recursos para a economia para fazer crescer o país.
Para a economia crescer é preciso
apostar na educação. As escolas não podem continuar a ser um cenário de guerra entre
os sindicatos de professores e o ministério. As escolas têm de ter sossego, por
muito que isso retire protagonismo aos dirigentes partidários disfarçados de sindicalistas.
O ministério pode não conseguir
avaliar os professores, mas o país já os avaliou. Basta ver as notas dos alunos…