segunda-feira, agosto 30, 2010

A brasa e a sardinha

Vi o cartaz recentemente no Aeroporto de Lisboa. Na imagem uma praia, supostamente algarvia, totalmente deserta, supostamente num dia de Agosto de 2012. Por baixo uma legenda: Guimarães 2012, Capital Europeia da Cultura.
Confesso que não percebi, mas felizmente a Fundação Cidade de Guimarães veio esclarecer “que se pretendeu transmitir foi tão só a ideia de que em 2012 todos os caminhos vão dar a Guimarães”…
Os hoteleiros algarvios é que não gostaram de ver “imagens de uma praia algarvia completamente deserta num determinado dia e hora de Agosto de 2012 para justificar que é em Guimarães "onde tudo acontece", e exigem a suspensão imediata da campanha com esse outdoor.
Que Guimarães queira puxar a brasa à sua sardinha, é natural. O problema é quando as brasas são de borralho alheio...

domingo, agosto 29, 2010

Rentrée

Os discursos de Paulo Portas em matéria de segurança, além de repetitivos, tresandam a um populismo troglodita que pressupõe a alienação dos destinatários.
Propor um referendo sobre segurança em Portugal, neste momento, revela a pouca seriedade com que Paulo Portas sempre actuou na política.
A diferença é que, agora, já não se dá ao trabalho de disfarçar…

sexta-feira, agosto 27, 2010

Brondby 0 - Sporting 3


Leão ferido...

quarta-feira, agosto 25, 2010

Em sentido figurado

"No meu batalhão éramos 600 militares e tivemos 150 baixas. (...) Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens."
Estas declarações de António Lobo Antunes foram contestadas pela Liga dos Combatentes, por não respeitarem a verdade dos factos ("Não temos conhecimento que algum batalhão em Angola tivesse esse número de baixas") e insultarem a memória dos mortos.
O escritor desculpa-se, dizendo que “um pouco de todos nós, no melhor dos casos, morreu na guerra”.


A guerra dispensa exageros. Mesmo em sentido figurado...

Sevilla 3 Braga 4 (visto do lado de lá,,,)

segunda-feira, agosto 23, 2010

Obviamente, mente!

Passos Coelho anda a tentar esconder a verdade sobre a sua proposta de revisão constitucional. Descaradamente…

São o quê?

Se dúvidas havia sobre o que motivou o PSD a ameaçar com o chumbo do orçamento para 2011, aqui está o diagnóstico do professor: “Só se estiverem loucos”.
Sobre a proposta de revisão constitucional, que o PSD jura que é para manter, Marcelo Rebelo de Sousa diz apenas que não lembrava ao careca...
Se não são irresponsáveis, são o quê?

domingo, agosto 22, 2010

A Bênção

Ir à Madeira, a convite do Presidente da Câmara do Funchal, é penitência para ser recompensada: “Obviamente, dará um bom primeiro-ministro”.

terça-feira, agosto 17, 2010

Brincar com o fogo

Agosto é mês de romarias... e não só.

domingo, agosto 15, 2010

Pérolas do pontal

“Se o Governo não se acha capaz que vá a votos”
“Quando foi necessário, o PSD deu a mão aos portugueses…”
(DN)
Ninguém diria que Passos Coelho começava a perder gás tão cedo. Ou, como prefere JPP, "até os três porquinhos perceberam que as casas de papel duram pouco se o lobo mau soprar".

sábado, agosto 14, 2010

O que Sócrates fez a esta gente...

À primeira vista, parecem sensatos, racionais, passam por inteligentes, e, na maior parte do tempo, até se confundem com pessoas normais. O problema surge quando o governo comete o pecado de pretender elevar o nível de educação do povo, ou melhorar a sua qualidade de vida. Como se não fosse para isso que os governos são eleitos…
Aí arreganham os dentes, queixando-se de restrições à (sua) liberdade. Porém, o que eles temem, é que o povo se liberte da ignorância que o subjuga. Há séculos que o povo é o seu território de caça e querem mantê-lo nessa “austera, apagada e vil tristeza” em que sempre viveu.
Por isso investem contra a regulação das bolas de Berlim, contra o fecho (provisório) da Ginjinha do Rossio e contra outras actuações de protecção da saúde pública levadas a cabo pela ASAE. Agora é contra a redução do sal no pão…
Eles pensam que estão contra o governo. Na verdade, são contra o povo.

sexta-feira, agosto 13, 2010

Hoje, talvez...

Hoje,
Talvez a lonjura te sussurre
as palavras que nunca escreverei.
Talvez o mar te abrace,
perdido no azul dos teus olhos.
Talvez o sol se ofusque,
do brilho dos teus cabelos.
Hoje, talvez…

quarta-feira, agosto 11, 2010

Renovem-se!

Em apenas 5 anos, a percentagem da energia proveniente de energias renováveis, consumida em Portugal, passou de 17% para 45%.
Esta notícia não teve origem em nenhum órgão de comunicação social português. Os que discretamente a reproduziram, leram-na no New York Times
Não é apenas a energia que precisa de renovação.

sábado, agosto 07, 2010

O Pato Morto

Desde que José Sócrates é Primeiro-ministro, o PSD já teve cinco líderes: Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes, Manuela Ferreira Leite e Passos Coelho.
Por isso, é natural que, de cada vez que elege um novo líder, o PSD alimente a esperança de chegar ao poder e queira matar o carrasco dos seus malogrados líderes. Porém, a obsessão é tal que leva alguns militantes a confundir os seus desejos com a realidade: Mal o novo líder começa a subir nas sondagens, o que aconteceu com todos no início dos respectivos mandatos, começam também os anúncios da morte de José Sócrates.
De facto, antes de começar a falar, Passos Coelho parecia ter condições para levar o PSD ao poder. Mas a golden share da PT veio pôr a nu as suas fragilidades estruturais, demonstrando que não está programado para questões complexas. As novas oportunidades de Ângelo Correia valem o que valem…
Estranhamente, foi a propósito deste assunto (a golden share da PT) que Marcelo Rebelo de Sousa disse que José Sócrates era um pato morto. Já ninguém queria saber dele: Nem a Telefónica, nem a PT, nem os accionistas, ninguém! “Sócrates é um pato morto”, sentenciou o professor no seu tempo de antena dominical.
Comme d’habitude, os vaticínios de Marcelo falharam, digamos, redondamente:
No caso PT/Telefónica, o veto da golden share foi decisivo para o sucesso final.
Quanto ao pato, parece que ressuscitou...

quarta-feira, agosto 04, 2010

A Subversão

Já toda agente percebeu que para pôr ordem no Ministério Público é preciso reforçar e credibilizar a respectiva hierarquia.
Toda a gente não, falta o PSD, que nos últimos dias tem feito coro com o Sindicato dos Magistrados, dirigido por um militante seu e latifundiário no Alentejo (Ângelo Correia dixit), o qual tem tentado por todos os meios tomar de assalto a Procuradoria.
Desde o processo Casa Pia tornou-se óbvio que a investigação criminal tem sido usada para fins políticos, sendo responsável pela destruição da imagem de destacados militantes do Partido Socialista como Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues.
Com o processo Freeport, o país assistiu à mais escabrosa campanha que alguma vez foi feita contra um chefe do governo. Todos se admiram com foi possível José Sócrates resistir a tantos golpes baixos.
Nesta conjura contra o chefe do governo, o PSD não se limitou a assistir. Muitos dos seus militantes foram determinantes no seu desenvolvimento e, para o provar, aí estão as campanhas das eleições realizadas desde 2005, em que os ataques pessoais a José Sócrates foram o tema principal.
Agora que a máscara caiu, e o país percebeu que tudo não passou de um embuste conspirativo, o que faz o PSD? Ataca cobardemente a figura do Procurador-geral da Republica, que sempre recusou pactuar com as ilegalidades em que o PSD o quis envolver. O exemplo mais recente foi a violação do segredo de justiça do processo Face Oculta, tentada pelo PSD na Comissão de Inquérito PT/TVI.
A crítica principal que se pode assacar ao Procurador-Geral foi a de ter tolerado a invasão das competências da procuradoria pelo Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, com prejuízo claro no andamento dos processos e na administração da justiça, como ficou demonstrado no caso Freeport.
Isto não é sindicalismo. É subversão.

terça-feira, agosto 03, 2010

Os Culpados (II)

"... O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público é um mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político."

segunda-feira, agosto 02, 2010

Os Culpados

Os responsáveis pela investigação do processo Freeport, que ao longo de seis anos (6) proporcionaram alimento à pior imprensa de que há memória em Portugal, estão agora a ser apontados a dedo e prestes a ser imolados como bodes expiatórios do fiasco da investigação.
Ninguém se lembra que a conjura (é disso que se trata) foi urdida por destacados militantes do PSD e do CDS. Se Paulo Portas anda preocupado com a justiça, devia começar por casa…
Ninguém se lembra do líder sindical dos magistrados, nem do crédito que Cavaco Silva lhe concedeu ao recebê-lo em Belém, na sequência de declarações sobre este processo. Com este acto, que muitos interpretaram como intromissão do Presidente da República num processo sob investigação, Aníbal Cavaco Silva quebrou o dever de lealdade para com o Primeiro-ministro e arriscou violar a Constituição que jurou defender. Meros detalhes…
Também ninguém se lembra dos deputados dos partidos da oposição que, ainda há algumas semanas, na Comissão de Inquérito PT/TVI, questionavam a legitimidade do Primeiro-ministro, José Sócrates, para se defender dos vilipêndios com que o Jornal das Sextas de Manuela Moura Guedes o atingia semanalmente.
Ninguém se lembra do Correio da Manhã, do Sol e da própria "imprensa de referência", como o Diário de Notícias ou o Público, a Visão ou o Expresso. “Quase todos eles, que dedicaram dezenas de manchetes para acusar, julgar e condenar sumariamente o primeiro-ministro na praça pública, optaram agora por relatar o desfecho numa breve e esconsa notícia, como se nada tivesse acontecido.”
Os procuradores não são os únicos culpados. Provavelmente nem são os principais: Ainda ontem, Marcelo Rebelo de Sousa afirmava candidamente que o processo Freeport começava agora...

domingo, agosto 01, 2010

Ausência


O corpo ainda balança na memória das vagas do Skagerrak. O meu país começa ali, na porta daquele avião que me espera no aeroporto de Copenhaga.
Freeport, António Feio… O choque brutal do que se passa na nossa ausência...