Reprovados
Foi ela que abriu as portas ao FMI. O chumbo do PEC IV foi só a passadeira vermelha. Aliás, imediatamente após o envio do convite aos cobradores sem rosto, este promíscuo concubinato juntou de novo os trapinhos para fazer o frete à Fenprof, aprovando uma lei para suspender a avaliação dos professores.
Recorde-se que esta lei foi discutida e aprovada duma vezada, na generalidade e na especialidade, numa só tarde… Nunca o parlamento teve tanta produtividade!
Para fazer regredir as melhorias introduzidas nos últimos anos no sector da Educação, reconhecidas e valorizadas internacionalmente, aqueles partidos não olharam a meios. Nem sequer repararam na Constituição.
Este atabalhoado processo legislativo ficará para história da Assembleia da Republica como uma das suas mais negras páginas. A decisão do Tribunal Constitucional não deixa margem para dúvidas: “O decreto aprovado pelos partidos da oposição na Assembleia da República violou o “princípio da separação e interdependência dos poderes” e representou uma “invasão nas competências que cabem ao Governo enquanto órgão de soberania”.
Ao contrário de outras vezes, o boicote ao desenvolvimento do país foi mal sucedido, desta vez. Mas os responsáveis continuam por aí, a atirar pedras, na vã tentativa de esconderem os seus telhados de vidro...
É importante para os portugueses, pais e jovens em particular, identificar quem se preocupa com a melhoria das condições do ensino, não os confundindo com os que temem enfrentar as corporações, as quais, no que à educação diz respeito, têm como uma única preocupação que os professores atinjam o topo da carreira o mais depressa possível. TODOS!