O incendiário

"Wolfgang Schäuble rosnou. "

Não é a primeira vez que o ministro das finanças alemão atira gasolina para as fogueiras que ele próprio acende.
Trata-se de um político radical da "nova"  direita europeia cuja orientação económica está ao serviço do capital financeiro que foi responsável pela crise de 2008 e pelas que se seguiram.
É preciso  libertar a União  Europeia do domínio dos radicais que estão a destruí-la.

Os pontos nos is

Angela Merkel não demorou a pôr os pontos nos is. 

Para os arrependidos do Brexit (fala-se em três milhões) vai dizendo que não vê nenhuma maneira de reverter a saída do Reino Unido. Assim mesmo, Reino Unido, sem excepções escocesas ou norte-irlandesas.

Quanto ao timing do divórcio lembrou que o artigo 50 terá  de ser activado e passou para os britânicos a responsabilidade de dizerem que tipo de relações querem ter com a U.E....

(Jornal de Notícias)

O desistente

Por ter participado em quatro finais pela selecção Argentina sem ganhar nenhuma, Messi anunciou o abandono da selecção.

Com 29 anos acabados de fazer, esta retirada prematura é uma desistência.

Croácia 0 Portugal 1 - a sorte que nos faltava

( Quaresma pondo no bom caminho uma bola perdida) 

"Trabalhamos com humildade e sacrifício, que são os valores que representam o nosso povo”  (Képler Laveran Lima Ferreira, um brasileiro bem português, que também responde pelo nome de Pepe)

Nota: o jornal Expresso alonga-se em comentários a este jogo. Pena é que o faça em tom chistoso, gozando com os jogadores portugueses. Decididamente este jornal perdeu a compostura.

Pirem-se!

"O Brexit venceu, Cameron demitiu-se, Bruxelas já pediu duas vezes para o Reino Unido sair rapidamente da UE. Marcelo e Costa falaram para sossegar os portugueses..." 

Se não querem estar cá, desamparem a loja que o mundo não  acaba. 

Diz quem o conhece

"O Cris? Nunca vi um jogador com uma mentalidade como a dele. Podia cair o mundo em cima dele, que ele estaria pronto. É o melhor do Mundo e estamos sempre à espera dele.”(Ricardo Quaresma) 

O exemplo de Cristiano Ronaldo

Muitos portugueses gostam dele porque é o melhor jogador português da sua geração, e não só. Porém, as rivalidades clubísticas em Portugal tendem a deturpar o brilhantismo do craque e já se ouve gente a defender o seu afastamento da selecção...

Depois de ver jogar o Eusébio, o Figo, o Rui Costa, e os portistas Hernani Silva, António Oliveira e Fernando Gomes, para só citar alguns dos melhores, para mim, Cristiano Ronaldo suplantou-os a todos. É um caso à parte, não apenas no futebol português. É um caso à parte no futebol mundial.

E no entanto, nos últimos dias, este país de carpideiras da má língua tudo tem feito para desestabilizar o jogador que é a única esperança de tirar a selecção do pantanal em que se deixou atolar.

Dando nomes aos bois, os profissionais da má língua acoitam-se maioritariamente no Correio da Manhã e  na CMTV.  Por mais de uma vez Cristiano lhes fez saber que não falava para esses órgãos de comunicação, mas eles continuam a insistir e, de vez em quando, vai um microfone para o charco.

Devia ser um exemplo a seguir, mas a maioria "fala, fala"  e não tem a mesma coragem... 

Aprender com os albaneses

Ontem a selecção da Albânia deu uma lição à congénere romena, uma selecção com outros pergaminhos que acabou eliminada por outra que participa pela primeira vez numa fase final.

Em vez de jogar como fazem os jogadores que tiram férias enquanto disputam as fases finais dos torneios em que participam (honni soit qui mal y pense), os albaneses aplicam a tática com que o Leicester ganhou o campeonato inglês: começam a correr quando o árbitro apita e só param quando termina a partida.

Não tem nada que saber, só é preciso  dar corda aos calcantes...




Nota: com a mesma táctica - e mais alguns argumentos -, o Chile despachara na noite anterior, com 7 - 0, o México de Chicharito (Bayer Leverkusen), Jimenez (Benfica), Corona e Herrera (Porto)...

Brexit, o princípio do fim

Ainda há pouco falava-se mais do "Grexit" do que do "Brexit". São parecidos mas não é a mesma coisa. A saída da Grécia era uma expulsão por mau comportamento. O abandono da União Europeia pelo Reino Unido será uma decisão própria.

No entanto, se atendêssemos apenas ao "comportamento", há muito que o Reino Unido deveria ter abandonado a União Europeia, da qual, em rigor,  nunca fez parte por não ter aderido ao Euro, a sua matriz essencial.

Os britânicos apenas quiseram as coisas boas da U. E..  Como há algum tempo as coisas boas vindas de Bruxelas começaram a rarear, vão-se embora.

À excepção do Parlamento Europeu, as instituições não são sufragadas pelo voto democrático  e orientam-se pelos interesses dos países mais ricos. As migalhas que cabem aos pobres servem apenas para os manter na dependência dos ricos. 

Para eles, pertencer à União transformou-se num castigo.

Ronaldo arrogante?

Quem não se lembra da dança de mau gosto protogonizada pela seleção alemã a gozar com os argentinos? 

O Ronaldo é que é arrogante... 

Nivelar por baixo

Desde há alguns anos, a SIC brinda os seus espectadores com uma sessão de tarologia, logo pela manhã. 

Por mais complexas que sejam as questões que lhes são postas, as tarologas de serviço não se atrapalham e têm solução para tudo. Infelizmente os conselhos que lêem nas cartas não vêm com certificado de garantia e, embora não se conheçam estatísticas sobre as consequências para quem os segue, é provável que na generalidade sejam inócuos por tresandarem a senso comum.

Tal não sucederia porém se, por hipótese, ao arrepio do mais elementar bom senso a tarologa de serviço aconselhasse uma ouvinte a fazer mimos ao marido que a tratava abaixo de cão.

Se as tarologas da  SIC não sabem aconselhar quem é vítima de violência doméstica, não têm condições para estar a frente de uma televisão.

Há muito que o casting das televisões anda a nivelar por baixo. Os resultados só podem ser desastrosos.

Palavras, para quê...

O livro mais vendido na Feira do Livro de Lisboa foi: Mein Kampf – A Minha Luta, de Adolf Hitler.

E o segundo...

O Pavilhão Púrpura, de José Rodrigues dos Santos.

"... é um artista português"

 

Take it easy

Convém à saúde mental nacional manter os pés na terra e não deitar foguetes antes das festas.

Convém igualmente que os principais responsáveis da nação mantenham a compostura e não excitem as massas com o seu nacionalismo futebolístico. No futebol, as massas têm excitação que chegue.

Apoiar a selecção é natural,  mas  o histerismo que se apoderou das televisões é doentio.

Take it easy.

A grande divergência

"Eu vou à missa, ele não vai à missa", disse Marcelo Rebelo de Sousa  sobre o que o distingue do primeiro-ministro, António Costa.

No seu jeito bem-disposto, o Presidente da República desvalorizou essa diferença e não podia ser doutra forma porque o factor religioso não releva no exercício dos cargos que ocupam, nem de qualquer outro. 

A constituição é muito clara: A República Portuguesa é um estado laico. 

Os que se servem da religião para fazer política são parentes dos radicais do estado islâmico. O que os distingue é questão de grau.

Angola mexe

A nomeação de Isabel dos Santos para a presidência da Sonangol está  a provocar reações na sociedade angolana, contestando o favoritismo do presidente e acusando-o de confundir o interesse público com os interesses da sua  família.

Os que justificam a nomeação da filha do presidente com a desblindagem dos estatutos do BPI prestam um favor à  família dos Santos, mas não contribuem para a transparência das decisões políticas de que Angola carece.

A contestação já chegou ao Supremo.

22 linces

Afinal houve uma ninhada de 4 e não de 3. A liberdade faz-lhes bem. (Foto DN)

Os passa-culpas

Por definição, quem não assume responsabilidade pelo que faz e tenta responsabilizar outrem, é  um cobarde.

As declarações de dirigentes do CDS e do do PSD, culpando o actual governo pelas eventuais sanções pelo deficit excessivo em 2015, são areia para os olhos dos portugueses e descarada demagogia.

Quem governou o país até Novembro de 2015, com um orçamento de esbulho como em todos os anos que governou, foi a coligação Passos/Portas. 

Não podem Passos Coelho, ou Assunção Cristas, invocar agora inocência no défice excessivo de 2015, quando, conscientemente, sacrificaram o deficit aos objectivos eleitorais da PaF.

Portugueses contra a ladroagem

Segundo esta notícia, 8 em cada dez portugueses dão razão ao governo no diferendo com os colégios com contratos de associação.
Apenas o radicalismo beato da Cristas não enxerga o óbvio: Encher os bolsos dos amigos do Cardeal à custa dos nossos impostos é ladroagem.

Contra naturas

Ou tenho andado distraído, ou foi a primeira vez que num congresso do PS alguém defendeu, ainda que sibilinamente, uma aliança/coligação com o PSD, contrapondo-a à actual coligação informal com o PCP e o BE.

Quando Francisco Assis diz que o apoio do PCP e do BE ao governo de António Costa é contra natura, está a colocar-se à direita e não ao centro como invoca. Se ele a acha que o PS se deve situar ao centro é porque pode coligar-se tanto à direita como à esquerda. 

Se o PS só pudesse fazer coligações à direita deixaria de ser do centro, o que,  de facto, seria contra natura... 

Amor de pai

Isabel dos Santos nomeada presidente da Sonangol.

Cavalos de Tróia

Em vésperas de congresso, no PS aparece sempre um cavalo de Tróia. 
Alguns fazem disso a própria militância e há uma  característica comum: correm sempre para a direita.