Enquanto Primeiro-ministro, Aníbal Cavaco Silva deu largas ao investimento público e aumentou a despesa pública.
A marca de Ferreira do Amaral, seu ministro das obras públicas, no país do betão é indelével e, quanto à despesa pública, não se limitou a aumentá-la: Criou condições para que esse aumento se tornasse exponencial, como reconheceu Miguel Cadilhe, seu Ministro das finanças e também militante do PSD, que lhe atribui a paternidade do monstro, designação usada por Cadilhe para caracterizar o progressivo peso da Administração Pública no deficit do país.
As análises catastróficas (“podemos estar a caminhar para uma situação explosiva”) e os conselhos de contenção, que agora debita enquanto Presidente da República, são pedradas de quem tem telhados de vidro e mal disfarçam o apoio aos que criticam investimentos há muito previstos e necessários.
Não é por acaso que muitos dos que votaram nele o identificam como líder da oposição ao governo.
- É inconstitucional um Presidente fazer oposição ao governo?
- É!
- E o que acontece, se o fizer?
- Nada!