Este governo especializou-se em inventar impostos. Para disfarçar a sanha esbulhadora, a alguns chamou "sobretaxas", ou "contribuições extraordinárias".
A "sobretaxa" do IRS (3,5%) e a "contribuição extraordinária de solidariedade"- esta de constitucionalidade controversa por incidir apenas sobre os pensionistas, violando o princípio da igualdade -, ficarão como exemplo do escandaloso esbulho a que este governo se dedicou desde que tomou posse.
Em vésperas de apresentação do seu último orçamento, que, ironicamente, será o orçamente de um ano de eleições legislativas, o governo faz constar que se propõe "aliviar" estes dois impostos.
Mas convém não esquecer que Passos Coelho chegou a primeiro-ministro a prometer que não aumentaria impostos e depois foi o que se viu.
Por isso cuidem-se porque à primeira, qualquer cai, à segunda só cai quem quer...