sábado, dezembro 29, 2018

O criativo

Já tínhamos o Marcelo dos afectos,  o Marcelo das selfies (populista), mas agora o que está a dar  é o Marcelo que gosta de entalar António Costa.

As personagens variam, porém o actor é sempre o mesmo.

Na tentativa de agradar aos professores, Marcelo não se limitou a vetar o decreto do governo: quer que o governo ceda, aconselhando-o a ser "criativo".

Na sua ânsia de protagonismo, Marcelo nem hesita em invadir a esfera de competências do governo, mandando às malvas a separação de poderes.

Sobre a guerra dos professores contra o governo, os portugueses têm opinião formada e sabem que  não é boa prática democrática tentar ganhar na rua o que não se consegue pelo voto.

Marcelo também o sabe mas, dando-lhe jeito, não é exigente com os aliados.

terça-feira, dezembro 25, 2018

Os coletes da extrema direita

Segundo o ministro francês da economia digital, embora o movimento dos coletes amarelos tivesse origem francesa, houve posterior interferência estrangeira de extrema direita, que já tinha sido relacionada com a eleição de Trump.

Os movimentos que se aproveitam das liberdades democráticas para minar a democracia não são novos: Nunca será demais recordar que Hitler foi eleito democraticamente e deu no que se viu.

A manifestação coleteira em Portugal foi um fiasco, mas a extrema direita estava lá. Ridicularizar a sua expressão não a torna menos perigosa.



domingo, dezembro 23, 2018

Boas Festas







Adeste fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus,
Venite adoremus,
Venite adoremus
Dominum
En, grege relicto,
Humiles ad cunas,
Vocati pastores approperant;
Et nos ovanti gradu festinemus.
Venite adoremus,
Venite adoremus,
Venite adoremus
Dominum
Adeste fideles
Laeti triumphantes
Venite, venite in bethlehem
Natum videte
Regem angelorum
Venite adoremus,
Venite adoremus,
Venite adoremus
Dominum

sábado, dezembro 22, 2018

Jornalismo amarelo

A suposta manifestação dos coletes amarelos, que não chegou a acontecer por falta de quorum, foi um episódio mediático criado pela comunicação social e manipulado pela extrema direita, a força política que se aproveita destes protestos.

Os jornais fartaram-se de apregoar o objetivo da iniciativa: "Parar Portugal".
Porém, a sensatez do povo português deu a devida resposta aos pregoeiros da catástrofe, alguns dos quais esperaram até ao fim da tarde pelos anunciados milhares que nunca chegaram a aparecer em São Bento...

sexta-feira, dezembro 21, 2018

Coletes já ninguém usa

Pelo que se vê na televisão, os coletes amarelos tiveram pouca adesão. 
Na prática, limitam-se a ocupar as passadeiras nas ruas de algumas cidades.
A principal queixa que se ouve da boca dos manifestantes é que são poucos. 
Está tudo dito. 
A imitação do que aconteceu em França é isso mesmo: uma imitação que não teve em conta as diferentes realidades do país.

quarta-feira, dezembro 19, 2018

A coragem de Rui Rio

Nunca votei no PSD e raramente elogiei as suas iniciativas.
Tiro porém o chapéu à proposta de alteração da composição do conselho superior do ministério público feita por este partido.
Passar a haver delegados nomeados por órgãos sufragados pelo voto popular reforça a democraticidade deste órgão do ministério público, conferindo-lhe a legitimidade democrática de que carece.
As reações   corporativas  a esta possibilidade são apenas o exemplo muito comum em que um interesse corporativo tenta sobrepor-se ao interesse geral.
Apoiado PSD.

"O estado falhou!"

A queda de um helicóptero no último sábado tem sido notícia desde então. Pouco se sabe sobre as causas do acidente, algo que parece interessar pouco à comunicação social, que se tem preocupado basicamente em detectar falhas nos procedimentos de socorro.
Aqui chegados, como terá havido atrasos na comunicação entre as entidades envolvidas, a conclusão foi óbvia: o estado falhou.

O estado é o bode expiatório da irresponsabilidade nacional...

segunda-feira, dezembro 17, 2018

O corporativista

Marques Mendes usou o espaço que a SIC lhe dá para atacar Rui Rio, o líder do seu partido. Ele, que já foi um líder falhado da mesma agremiação, alia-se aos extremistas que não gostam do discurso moderado do actual líder.
Criticar Rui Rio por ter alertado para os processos judiciais, que não respeitam o segredo de justiça, prejudicando os suspeitos sem que haja acusação, é prestar um mau serviço à justiça e ao país.

Um dos principais problemas do país é a cedência aos corporativismos, e a área da justiça não está imune.
Em vez de o criticar, Marques Mendes deveria elogiá-lo neste caso.
Preferir o politicamente correto nem sempre é a melhor escolha.

domingo, dezembro 16, 2018

Grande Pepe

Segundo o jornal Marca, o Besiktas, clube onde joga Pepe, provavelmente o melhor defesa central que representou a seleção portuguesa, está com grandes dificuldades financeiras pelo que quer rescindir o contrato com alguns jogadores mais caros. 
Entre estes está o jogador luso-brasileiro que já terá chegado a acordo.
Como alguns trabalhadores do clube (cozinheiros, jardineiros da relva...)  estavam com salários atrasados, antes de sair, Pepe terá pago os salários do seu bolso.

Um homem grande, não apenas em altura...

A revolta dos desiguais

A Europa tem nas desigualdades o seu maior problema. 
Os coletes amarelos das ruas de Paris aí estão a demonstrá-lo.
As manifestações de reformados em Espanha, exigindo uma pensão mínima de 1080 euros, são outro sintoma.
Ainda não se percebeu bem o que subjaz à convocatória para a próxima sexta-feira de uma manifestação de coletes amarelos em Portugal, mas parece que alguém quer aproveitar a onda.
Acabar com as desigualdades não vai ser fácil, mas convém dar passos nesse sentido, antes que as revoltas se tornem mais sérias.

sexta-feira, dezembro 14, 2018

Culpas e desculpas

Culpar o governo por tudo e por nada é um hábito bem português, que coloca quem nos governa no papel de bode expiatório da nossa generalizada irresponsabilidade.

Se o governo responde, devolvendo a responsabilidade aos seus autores, estes exigem um pedido de desculpas ao governante que deu a cara.

Há lata para tudo e ai está a comunicação social sempre pronta para o bota abaixo.

segunda-feira, dezembro 10, 2018

Autogestão

A legitimidade vem do voto, não da pressão corporativa.

domingo, dezembro 09, 2018

Corporativismo e democracia

A febre reivindicativa do sector público - não apenas da função pública -, são no essencial manifestações de corporativismo, que em alguns casos disfarçam interesses de duvidosa legitimidade:  A PSP tem 16 sindicatos e 36.000 dias de folga para os respectivos dirigentes.

As intervenções do presidente da república, reivindicando o direito à greve quando questionado sobre o actual surto grevista, é apenas mais uma manifestação do  irresistível populismo que o leva  a cavalgar a onda de cada momento. 

Se o direito à greve está consagrado na constituição, a defesa da democracia também lá está e, sem democracia, não há direito à greve...
A defesa exacerbada de interesses corporativos colide frequentemente com o interesse geral, este sim, vital para a sobrevivência da democracia.

Quando se permite que morram crianças por falta de assistência motivada por greves, qualquer dia chamamos democracia a uma coisa que já não é.

quinta-feira, dezembro 06, 2018

Greves da função pública

O direito à greve foi uma conquista do 25 de Abril.
Transformá-lo no direito à anarquia é que não estava no espírito do legislador...

quarta-feira, dezembro 05, 2018

Comunicação social independente?

O descalabro da comunicação social era de há muito previsível. A parcialidade acintosa dos conteúdos,  claramente inclinados para a direita, afastou por si só grande parte dos leitores.
Se acrescentarmos o copy paste  com que os jornais portugueses disfarçam a preguiça das redações, veremos o cenário que conduziu ao actual estado comatoso.

O sugestão/proposta do presidente da república, dando a entender que orçamento do estado deveria subsidiar a comunicação social, pareceria uma boa solução, mas não é.

Exceptuando a RTP/RDP, tudo o resto pertence a grupos privados que não dão mostras de virem a corrigir a trajetória que levou ao desastre. Bem pelo contrário...
Por isso, atirar o dinheiro dos nossos impostos para o buraco sem fundo da comunicação social privada, seria subsidiar a asneira.

O país tem outras prioridades.

segunda-feira, dezembro 03, 2018

Humor (negro) municipal

EMEL quer chegar a todas as freguesias e "ser a empresa mais amada de Lisboa"


Basta ouvir as reações dos condutores quando são multados. 
Se aquilo não é amor... 

E o fascismo aqui tão perto...

Dizem que os coletes amarelos franceses juntaram a extrema-esquerda com a extrema-direita.
Pelo que se depreende das notícias, poucas dúvidas haverá sobre quem assumiu a liderança.
Aqui mesmo ao lado, pela primeira vez em democracia, a direita ganhou as eleições na Andaluzia. Para governar precisará de se aliar à extrema-direita que elegeu doze deputados...

Os novos fascismos não chegam ao poder por golpe de estado. Vão chegar pelas urnas.
O pior vem depois.

domingo, dezembro 02, 2018

Nisto ninguém nos bate

16, leu bem, dezasseis oscars para o Portugal turístico. 
Veja quais são aqui.