segunda-feira, julho 31, 2006

Má consciência

É compreensível que quem foge ao fisco não queira que se saiba, mas são os contribuintes cumpridores que suportam as dívidas dos que não pagam.

Neste contexto, as críticas à publicação da lista dos contribuintes com dividas fiscais superiores a 50.000 Euros são apenas um reflexo da má consciência e do pouco merecimento que alguns sectores da nossa sociedade, partidos políticos incluídos, atribuem ao cumprimento das obrigações fiscais.

domingo, julho 30, 2006

O Manifesto

Com a devida vénia ao RAP (Gato Fedorento):
Amaldiçoado seja o palerma que anda entretido a piratear o Abrupto – ou, se a maleita do blogue é devida a erro informático, maldito seja então esse amontoado defeituoso de zeros e uns. Que arda no Inferno a besta – humana ou cibernética – que ofereceu ao Pacheco Pereira a sua última glória: o martírio.
Alguém quer calar o Pacheco Pereira. Porquê? Ninguém sabe. O Pacheco Pereira incomoda. Quem? Ninguém diz. Mas o bravo Pacheco Pereira persistiu, agarrado ao leme do blogue, e depois de tremer três vezes escreveu
este post veemente. Veementemente escrito a negrito, para percebermos que o autor vocifera, e sublinhado a amarelo veementemente, para percebermos que o autor investe. Sobre quem? Ninguém percebe. Mas o leitor que não esteja preparado para tanta veemência em tão poucas linhas não deixará de se comover. Trata-se de um pequeno mas lancinante grito de insurreição em que a preposição “desde” (a mais insurrecta das preposições) é protagonista. “Desde o momento em que não sei quê”, principia Pacheco Pereira. Mas “desde o início da tarde que não sei que mais”, prossegue depois. Pelo meio recebeu mensagens de conforto, o que aproveita para agradecer “desde já”. No fim, a promessa que nenhum homem decente conseguirá ler sem que os olhos se lhe encham de água: “podem ter a certeza de que aconteça o que acontecer o Abrupto continuará. Não será por esta via que acabam com ele.” “Acabam”, diz ali. O sujeito permanece indeterminado, mas agora temos um plural. Eles. Ah, perniciosa matilha. Quem serão? Os comunistas, os socialistas, os próprios sociais-democratas? Os jornalistas, os informáticos, os benfiquistas? Os bombeiros, os travestis, os profissionais do sector dos lacticínios? Ninguém arrisca um palpite.
E, de facto, que se saiba, o blog prossegue como dantes, de modo que não chegamos a perceber se é a mordaça que é reles e barata ou se é a boca do censurado que de modo nenhum se deixa amordaçar, tão forte é a verdade das suas palavras. Também pouco importa, que o mal está feito. Apetece sair para a rua e escrever nas paredes “Ninguém há-de calar a voz do Pacheco Pereira”.
Perder o acesso ao Abrupto seria, para nós, pecadores do século XXI, perder o contacto com a santidade. Porque o Pacheco Pereira é uma espécie de Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, mas de âmbito mais alargado: observa todos os males do Mundo. E, assim como não há toxicodependentes no Observatório Europeu, também não há mal do Mundo que toque, sequer de raspão, em Pacheco Pereira. Há males nos blogues – mas não no de Pacheco Pereira. Há males na política – mas não na que Pacheco Pereira faz. Há males nos jornais – mas não nas páginas em que Pacheco Pereira escreve. Muito santo tem um homem de ser para passar impoluto num mundo tão indecente.
E, no entanto, abre-se o blog do Pacheco Pereira e fica-se com o computador a cheirar a éter. O Pacheco Pereira é um desses semideuses de que fala o Álvaro de Campos no “Poema em Linha Recta”. Nunca levou porrada, nunca foi ridículo, nunca fez vergonhas financeiras. O Pacheco Pereira não se espanta, não se aleija, não tropeça, não duvida, não hesita, não ri. O Pacheco Pereira não faz um gesto que não o enobreça, não tem um prazer que não o edifique, não cede a um vício que não seja, vendo bem, uma virtude. O Pacheco Pereira nunca escreve com as mãos sujas. O Pacheco Pereira é um homem carregado de sentido. Eu gostaria de adquirir uma viatura em segunda mão ao Pacheco Pereira. O Pacheco Pereira cheira magnificamente da boca. O Pacheco Pereira nu é belíssimo. O Pacheco Pereira é de tal forma superlativo que já merecia ser elogiado no Abrupto pelo Pacheco Pereira. O Pacheco Pereira publica opiniões de leitores: uns gostam imenso do que o Pacheco Pereira escreve; outros gostam ainda um pouco mais. O Pacheco Pereira propõe discussões que normalmente envolvem a elaboração de listas. E os leitores discutem e elaboram. De manhã, à hora a que a generalidade dos homens está a fazer a barba, o Pacheco Pereira está a pendurar poemas no blogue. E pendura-os com a mesma burocracia nos gestos com que os outros homens fazem a barba. Os homens não fazem comentários à barba e o Pacheco Pereira também não comenta os poemas. Os homens não se emocionam com a cara escanhoada e o Pacheco Pereira também não se emociona com os versos. Deus livre o Pacheco Pereira de ser tomado por uma das emoções humanas. O Pacheco Pereira exibe poemas como aqueles senhores, na rua, exibem os genitais. Abre a gabardina e mostra um soneto. Baixa as calças e revela uma ode. Os poemas são escolhidos pelo Pacheco Pereira, mas há quem diga que podiam ser escolhidos por uma máquina, sem diferenças no resultado final. Sinceramente, duvido. Não creio que a máquina conseguisse escolhê-los tão automaticamente
.”

Para os que quiserem continuar a manifestar-se, há mais RAP aqui, e, sobretudo, ali.





sábado, julho 29, 2006

“De mal-agradecidos está o inferno cheio”


Este grito de libertação não é de um exilado político.
É de Maria João Pires, uma pianista portuguesa que recebeu (e gastou) mais de um milhão de Euros em subsídios concedidos pelo Estado Português, em parte ainda por justificar.

Mesmo com o desconto devido a uma artista de renome, a arrogância é sempre intolerável.


sexta-feira, julho 28, 2006

Ninguém está acima da lei

"O Supremo Tribunal rejeitou hoje um recurso interposto pela Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) e deu razão ao Ministério da Justiça na sua intenção de reduzir as férias judiciais de Verão.

O recurso pretendia que a lei em causa fosse declarada inconstitucional, não podendo, portanto, ser aplicada. Porém, no acórdão de hoje, o Supremo entendeu que na elaboração da Lei das Férias Judiciais não houve violação do direito de audição previsto na Constituição, que era um dos aspectos contestados pela ASJP.” (Público)

A decisão do STJ prova que nem a “greve da justiça” teve fundamento nem os ataques ao governo pela redução das férias judiciais têm suporte legal.
Para os que andavam distraídos, fica ainda claro que aqueles a quem o Estado confere o poder de “fazer justiça”, também têm de se submeter à lei.

quinta-feira, julho 27, 2006

Não há fumo sem fogo

O envolvimento de responsáveis autárquicos com empresários da construção civil, no caso concreto um assumido evasivo fiscal (o “Bibi” do Benfica), não favorece a transparência que deve presidir à gestão da coisa pública.

Ao cair na armadilha de um chico-esperto, que se gabou publicamente de pagar de IRS o equivalente ao salário mínimo, Carmona Rodrigues colocou-se ao nível do fiscalzeco que se deixa levar pelo primeiro pato bravo que lhe apareça.

quarta-feira, julho 26, 2006

Rusga ilegal

O Procurador-geral da República fez orelhas moucas quando o Presidente da Republica (lembram-se que ainda era Jorge Sampaio?) pediu urgência no esclarecimento do caso do “Envelope 9”.

A única urgência que se viu por parte do PGR foi o assalto ao “24 horas” e logo veio dizer que os esclarecimentos dependiam da devassa dos computadores dos jornalistas.

Afinal nem os mandatos com que entraram nas instalações nos jornais são válidos, nem a apreensão dos computadores foi legal.(SIC)

terça-feira, julho 25, 2006

“A mim ninguém me cala!”

Um sistema que atribui uma pensão de reforma mensal de 3.219,95 Euros por alguns meses de trabalho de que nem o próprio se lembrava, não é apenas insustentável.
É corrupto e imoral.

segunda-feira, julho 24, 2006

Mudar de ares faz bem às estrelas

Por esta altura, as notícias sobre transferências de jogadores são o pão-nosso de cada dia. Por norma, as causas apontadas são a incompatibilidade com a equipa técnica, o reforço das equipas adquirentes, a melhoria das condições salariais dos jogadores com ganhos para o respectivo clube, e poucas mais.

Mas, deixando de fora as transferências de jogadores dos clubes italianos que descem de divisão por castigo, este ano ocorreram outras que não obedecem àquele enunciado.
Jogadores como Michael Ballack, Andriy Shevchenko e Van Nistelrooy, qualquer deles integrando clubes da primeira linha do futebol mundial, não se transferiram apenas por razões salariais.
Estavam há várias épocas no mesmo clube e eram tidos como imprescindíveis, mas, ironicamente, todos apresentavam sinais evidentes de desmotivação.

O que eles procuram é o relançamento da sua carreira, tal como aconteceu com Figo, tido como como acabado quando se desvinculou do Real Madrid, mas com novo fôlego desde que se transferiu para o Inter de Milão.

domingo, julho 23, 2006

"A força do Diabo"

O DN aborda hoje as reacções dos vizinhos do “alegado serial killer de Santa Comba Dão”. Para além do ressentimento generalizado contra quem se fingia inocente e amigo, há também quem se recuse a admitir o carácter execrável da pessoa com quem conviveram anos a fio. Não obstante as confissões do próprio, ainda sonham com a inocência do assassino e culpam o diabo pelos crimes que cometeu.
Apesar de vizinhos, a culpa não se pega, mas o mesmo não se poderá dizer da má consciência.

sábado, julho 22, 2006

Um mar que os portugueses não navegaram

Os homens já o tinham tentado, quando fizeram o canal de Suez, mas agora é a natureza que está a separar as placas tectónicas que formam a África e a Arábia.
Segundo os cientistas, a possibilidade de aparecer um novo oceano no local, são boas.

sexta-feira, julho 21, 2006

A culpa

Não é cómodo apoiar Israel quando se vê a destruição de Beirute e o rosto dos refugiados.

Mas onde está a inocência dos que pretendem riscar do mapa o estado de Israel (Síria e Irão), ou dão cobertura (Libano) a milícias fundamentalistas (Hezbollah) com o mesmo objectivo.

quinta-feira, julho 20, 2006

“COMO ELA”

Ninguém é perfeito. Todavia tomara Sócrates ter mais ministros como ela.”

É o que diz João Gonçalves, sobre o ataque descabelado a Maria João Rodrigues.

Às armas!

O ABRUPTO está a ser atacado por piratas.
Ou a vulnerabilidade do Blogger

quarta-feira, julho 19, 2006

Facilitismo e ignorância

A pressão que está a ser feita por vários sectores (professores, pais e até partidos) para que sejam repetidos TODOS os exames do secundário é uma prova da ligeireza com que o ensino básico e o secundário têm sido encarados.

A esta ligeireza se deve a ignorância massificada que grassa como uma praga na sociedade portuguesa e está a transformar o país num pária da Europa.

Que se repitam os exames com erros na sua elaboração (Química e Física), mas aproveitar essa situação para exigir a repetição dos exames de outras disciplinas é uma atitude anti-pedagógica e irresponsável.

terça-feira, julho 18, 2006

O regresso de Pilatos

Ao contrário do que tem sucedido em situações anteriores, desta vez parece que vai ser mais difícil chegar a consensos para fazer parar o conflito aberto entre Israel e os seus inimigos tradicionais.

Insensível ao sofrimento das vítimas, o mundo lava as mãos.

segunda-feira, julho 17, 2006

A razão do sucesso

Hoje no DN, Luís Delgado, explica as razões do sucesso de José Sócrates:

- Tem um estilo inconfundível, inspirado em Blair e Clinton.
- Não perde tempo com retóricas (linearidade)
- Transmite a mensagem com “ardor e autoconvencimento que mais parece um pastor tele-evangelista”.
–“Usa e abusa” de “uma máquina cénica invulgar e bem preparada” (cenário), apesar de ter “planos interessantes, ou mesmo bons, e isso começa a verificar-se no dia-a-dia dos portugueses.”
- Finalmente, o tempo. No entendimento de Luís Delgado, enquanto “Sócrates adivinhou o futuro”, “o PSD e o PP ainda estão a séculos destas inovações”

A falácia de Luís Delgado confunde estilo com honestidade, linearidade com objectivos, mensagem com conteúdo e cenário com planeamento.
O tempo é que o desmascarou: Uns vivem no passado, outros preparam o futuro.
Eis a razão do sucesso.

domingo, julho 16, 2006

"A sombra que se deseja"


sábado, julho 15, 2006

O exame dos professores

Há muito que os sindicatos dos professores e a Fenprof confundem os problemas da educação com sua própria carreira e reagem a qualquer tentativa de avaliar os professores.

Mas não se livram da avaliação que é feita através dos alunos e, sobre isso, ninguém se iluda: Os desastrosos resultados dos exames do secundário assumem a dimensão de tragédia nacional e têm consequências sinistras para o nosso futuro colectivo.

O que está a ser posto em causa pelos maus professores, que não são poucos como provam os resultados dos alunos, é a sobrevivência da nossa identidade cultural e é por isso que o país não pode acomodar-se à rotina das greves à Sexta-feira.

sexta-feira, julho 14, 2006

Danos limitados?


Ao autorizarem (tacitamente) as acções punitivas de Israel sobre as bases do Hezbollah no Líbano, os Estados Unidos podem ter aberto uma caixa de Pandora com consequências mais graves do que os “danos limitados” que preconizavam.

quinta-feira, julho 13, 2006

A teoria e a prática

Os portugueses estão habituados às reprimendas dos governadores do Banco de Portugal que lhes entram em casa com a regularidade das estações do ano, pedindo sacrifícios pela saúde das contas públicas.

Por isso aguardavam com grande expectativa o resultado do trabalho da “Comissão de Vencimentos do Banco de Portugal” liderada por Miguel Beleza, que supostamente poria fim ao escândalo das pensões dos dirigentes do banco central.

Porém, ao contrário do que os doutos professores de economia ensinam, a comissão não produziu trabalho que se visse, e, questionado sobre essa matéria no parlamento, o Primeiro-Ministro acabou por prometer que as “Reformas Milionárias do Banco de Portugal” iriam acabar.

Trata-se de um episódio lamentável, envolvendo ex-ministros e governadores do Banco de Portugal, os quais perderam a oportunidade de aplicar na prática as doutrinas que apregoam.

De futuro, quando algum governador do Banco de Portugal puxar as orelhas aos portugueses por gastarem mais do que o país suporta, dificilmente será levado a sério.

quarta-feira, julho 12, 2006

Para quem está perto

Se um dia o mundo descobrisse a paz dos teus silêncios, nasceriam jardins nos campos de batalha.

E se visse a ternura dos teus olhos, não seria a solidão a confortar o choro dos que sofrem.

terça-feira, julho 11, 2006

Borrar a pintura

A selecção de futebol é merecedora do aplauso dos portugueses e tanto o Presidente da República como o Primeiro-ministro o reconheceram publicamente.

Mas Gilberto Madail não se satisfaz com aplausos e quer que os prémios atribuídos aos jogadores fiquem isentos de IRS, “porque a selecção contribuiu para a «divulgação e prestígio» do país”.
Foi pena que o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol se tenha esquecido de dizer que são os próprios jogadores quem mais beneficia com uma boa prestação da selecção.

O Ministro das Finanças respondeu-lhe à letra: "Quem cumpre com profissionalismo e dedicação aquilo que é suposto cumprir e fazer, deve bastar o reconhecimento público pelo bom resultado e desempenho que teve".

De facto, o cumprimento das obrigações fiscais é um padrão essencial para avaliar da maturidade cívica de uma sociedade e os jogadores de futebol são cidadãos como os outros.
Daí que a oportunista pretensão de os isentar das correspondentes obrigações fiscais seja uma reminiscência da mentalidade terceiro-mundista que afecta uma parte da nossa sociedade e, notoriamente, a Federação Portuguesa de Futebol.
Se insistir no requerimento, vai borrar a pintura.

segunda-feira, julho 10, 2006

O crime e a tragédia

Em Barcelos, onde em Maio houve um incêndio de grandes proporções, um homem foi preso em flagrante ao atear um fogo.
Estaria a efectuar uma limpeza do mato através da queimada», explicou ao PortugalDiário fonte da GNR, que acrescentou: «esta é a causa mais comum nos incêndios».
O homem vai ser presente ao tribunal, no entanto, deverá seguir em liberdade, devido à ausência de antecedentes e à natureza dos motivos.”
Há poucos dias, um autarca insinuou que o fogo que alguns populares garantiam ter sido provocado por um avião que sofreu um acidente na barragem da Aguieira, terá sido ateado pelos próprios populares com o objectivo de atrair as atenções da televisão.

Ontem, algumas horas depois de se saber da morte de 6 bombeiros num incêndio florestal na região da Guarda, foi noticiada a prisão do presumível incendiário.

O país gasta anualmente fortunas no combate aos fogos e não entende as justificações que impedem o castigo exemplar de incendiários cuja insensibilidade pela destruição das florestas e pelas mortes que causam não merece perdão.
A conivência popular de que beneficiam também está longe de ser inocente, e a prontidão com que se endossa ao “Estado” toda a responsabilidade apenas reflecte a má consciência e irresponsabilidade cívica que nos caracteriza.

sábado, julho 08, 2006

Só em 2046?

Quando se conheceu a lista dos convocados para o Campeonato do Mundo, escrevi aqui que as escolhas do seleccionador eram discutíveis, como todas. A diferença estava no facto de Scolari não se amedrontar com as ferroadas dos mandões da futebolândia, nem com os mexericos da imprensa especializada.
E rematava: “Para mim, já ganhou.”

A selecção acaba de perder com a Alemanha, mas não me enganei.
O jogo para apurar o terceiro lugar vale o que vale e este não valeu muito. Ganhou a equipa que convinha e o árbitro estava lá para o que desse e viesse, pois nem os alemães aguentavam outra frustração, nem nós somos a França.
Esta nossa selecção, que ficou em quarto lugar, e a de 1966 que ficou em terceiro, integravam vários jogadores que já tinham sido campeões europeus pelos seus clubes e contavam com uma estrela de renome mundial.
Depois de Eusébio, foi preciso esperar quarenta anos para voltarmos às meias-finais de um Campeonato do Mundo.
Depois de Figo, quantos serão?

quinta-feira, julho 06, 2006

Acordar do sonho


Seria uma injustiça, se a euforia se transformasse em depressão.

quarta-feira, julho 05, 2006

“Blog Central”

O “Bloguitica” fez três anos. Sem ele a blogosfera seria mais pobre e isto não é um lugar comum.
Parabéns.

segunda-feira, julho 03, 2006

Day after

- Bolas dchi Berlim!
- Pst! pst!
- "Bom dchia"
- Good morning!
- Oh, you are english! I'm not better than you... I'm brazilian!

E o vendedor continuou pela borda da praia, apregoando as únicas "bolas de Berlim" ao alcance das respectivas selecções.

sábado, julho 01, 2006

O último dos moicanos

Mário Soares, Álvaro Cunhal, Francisco Sá Carneiro e Diogo Freitas do Amaral, foram os artífices da democracia portuguesa. São eles as referências do regime que resultou do 25 de Abril cuja história é indissociável das suas vidas.

Embora divergindo do partido que fundou, Freitas do Amaral era o último dos “quatro grandes” que se mantinha activo e com o fim da sua carreira política acaba uma geração de políticos de dimensão histórica que moldou a sociedade em que vivemos.

A tacanhez das críticas que acompanham a sua saída do governo são apenas um sinal dos tempos, mas dão que pensar.