Na Índia antiga, “pertenciam à casta mais baixa, sendo segregados pela sociedade e privados de todos os direitos religiosos.”
Ao contrário dos homónimos indianos, os párias de hoje vivem em sociedades evoluídas e não são marginalizados pela sociedade. Pelo contrário, sentam-se à mesa do orçamento, e regalam-se com tudo o que a sociedade lhes oferece: educação, saúde, bem-estar, etc.
Infelizmente, a sua retribuição oscila entre o diletantismo e a anarquia, pois gastam todas as energias a contestar a autoridade democrática e a pôr em causa o regular funcionamento das instituições de que beneficiam. Na subversão dos valores da liberdade, a demagogia mediática é o seu principal aliado.
Claro que são contra a Nato, contra a Europa, contra o Euro, contra, contra…
No final, são apenas contra a liberdade.
-
-
Depois de escrever o texto acima, descobri isto:
"Vinte anos depois, ...o que se mantém igual é a capacidade do PCP para criar e manter organizações fantasmas, como o MDM, o Escutismo Alternativo e o Conselho Português para a Paz e Cooperação que fazem os seus poucos militantes parecerem muitos. Igual continua também a serventia ideológica da CGTP ao PCP – manifestando-se invariavelmente esta central sindical contra tudo o que, como a NATO, represente o Ocidente. Não deixa de ser repugnante que delegados da CGTP participem nas celebrações do 1.º de Maio em Cuba, e note-se que essas celebrações só têm o lado do apoio ao regime, enquanto em Lisboa e por esse mundo democrático fora, delegados da CGTP contestem condições laborais que nos paraísos socialistas nem nos melhores sonhos se concebem ser possíveis.
Enfim, sábado, lá voltaremos ao folclore do “Paz sim! NATO não”. Mas convém que se perceba que a coisa só tem graça enquanto se mantiver assim folclórica. Tipo versão portuguesa do Goodbye Lenine em que os protagonistas representam o papel de contestatários a um sistema que os institucionalizou e que suspeito que não trocariam por nenhum outro."