A quebra da receita fiscal (5,3% nos primeiros meses de
2012) é apenas o sintoma da doença degenerativa que afecta a economia
portuguesa.
É este o efeito do
excesso de austeridade, vulgarmente conhecido pelo epiteto “Ir além da Troika” ,
coroa de glória dos economistas que dominam a política do país e nos esvaziam
os bolsos.
O PIB desce (3,3% só?), o desemprego sobe (catorze virgula
quanto?), a viabilidade das empresas pode estar tem-te-não-caias, mas ai de quem questione as
opiniões desses magos da economia.
São dogmas infalíveis, cujo exemplo último é a garantia de que em
23 de Setembro de 2013, não antes nem depois, os mercados nos vão receber de braços abertos.
Se, porém, já não tivermos economia, descansem que, nessa altura, eles lá estarão para nos explicar
o que é que nós fizemos para isso acontecer…