Para justificar a vinda da Troika, e, dessa forma, impor a austeridade que reduziu o país a um protectorado, o PSD vetou o PEC IV e abriu uma crise política.
O Presidente da Republica, que nunca perdoou que lhe apontassem o dedo por ter sido apanhado com a mão na massa na história das "escutas de Belém", aproveitou a oportunidade para se vingar dos portugueses, e, desde então, vive em concubinato com o governo de Passos Coelho, apoiando sem pestanejar todos os desvarios que o irresponsável primeiro-ministro lhe propõe.
Deu no que deu: Desemprego em máximos inimagináveis, deficit descontrolado, divida em crescimento exponencial, economia em espiral recessiva, que nunca mais sai do buraco negro.
Foi este cenário que provocou a debandada dos ministros, Portas e Gaspar, reconhecendo explicitamente a ineficácia da política de austeridade por que são co-responsáveis.
Quando se esperava que Passos Coelho também percebesse o que estava a acontecer e agisse em conformidade, demitindo-se, eis que surge no PSD, pela voz da não menos desvairada Paula Teixeira da Cruz, a peregrina ideia de que é possível juntar colar os cacos da estilhaçada coligação PSD/CDS...
Nem hesita em recorrer de novo a ameaça com que se apelou à vinda da Troika: A bancarrota.
Como se o estado em que deixam o país não fosse de bancarrota!