"Santos da casa não fazem milagres", diz o ditado popular.
Não se sabe se por "santos da casa" se querem designar as imagens de santos que servem de bibelôs, se bem que a melhor interpretação parece ser outra, semelhante à do ditado popular que determina que "ninguém é profeta na sua terra".
No entanto tudo muda e Portugal parece ter entrado numa era de abundância em santidade. O mas recente santo português é São José Vaz, um missionário jesuíta nascido em Goa em 1651, que usou a sua fé para combater os calvinistas holandeses, inimigos figadais dos portugueses de antanho, ainda piores que o Jeroen Dijsselbloem agora...
José Vaz foi beatificado em 1995 por João Paulo II e canonizado pelo papa actual em 2015, tendo ambos os actos ocorrido no Sri Lanka, país onde o padre Vaz viveu e é venerado desde que, ainda em vida, fez chover, acabando com um período de seca mortífera que afectava aquela ilha.
A lista de santos portugueses está em vias de ser aumentada, desta vez com alguém nascido mais recentemente: Os irmãos Marto, Francisco e Jacinta, ambos vítimas da gripe pneumónica, também conhecida por gripe espanhola, que afectou o mundo no final da primeira guerra mundial. Antes porém, Francisco e Jacinta tiveram a felicidade de ver Maria, mãe de Jesus, na Cova da Iria, enquanto apascentavam o rebanho da família, orientados pela sua mais velha prima Lúcia.
Contrariamente ao Padre Vaz, que não precisou de fazer a prova dos milagres para ser santo, as crianças de Aljustrel (Fatima) terão vencido essa prova e é por isso que o papa Francisco vai fechar o centenário das aparições de Fátima com chave de ouro, canonizando os dois pastorinhos na sua próxima visita.
Em Fátima até o ar é santo...