Até agora, o que o Syriza conseguiu para a Grécia foi aprofundar a crise e o único caminho que o enigmático Tsipras encontra para sair dela é obter dos credores o perdão de uma parte substancial da dívida.
Ao contrário da vontade do FMI e de muitos dirigentes da U.E., há razões para acreditar que a Grécia vai conseguir o perdão da dívida, por muito que isso custe a Cavaco Silva, Passos Coelho e demais ressabiados da direita europeia.
A Grécia é membro da NATO e um forte aliado dos Estados Unidos, que nos últimos dias têm mandado recados à U.E. no sentIdo de se viabilizarem as pretensões gregas. Não adianta a senhora Lagarde fazer voz grossa, pois quem de facto manda no FMI é o país do dólar e os Estados Unidos não vão permitir que a Grécia deixe de pertencer ao mundo ocidental.
É isso que está em causa.
Claro que nem o contabilista de Boliqueime, nem o safardana do Passos Coelho, alcançam tão longe, mas a culpa é de quem vota em chicos-espertos provincianos em vez de escolher políticos com sentido de estado.