Até há pouco mais de uma semana, tanto do lado do PSD como
do lado do CDS, jurava-se a pés juntos que a coligação estava unida e o governo
coeso. O pais ouvia expectante, mas nem tugia nem mugia, a ver onde paravam as
modas.
Eis senão quando, numa tarde de jogo da seleção, com o país sentado
no sofá para ver o Cristiano Ronaldo, o primeiro-ministro aproveitou a audiência
para desvendar o que estava a preparar para o Orçamento
de 2013: Mais impostos, menos salários, menos pensões, mais sacrifícios para todos.
Só os patrões é que ficavam beneficiados, pagando menos 5% para a TSU.
No governo, a
ninguém passou pela cabeça que o povo se enxofrasse. Se era apenas mais do mesmo...
Paulo Portas andava a
passear pelo estrangeiro, mas o CDS, não
querendo deixar os créditos todos para ao PSD, encarregou o ministro Lambreta Soares de defender a medida.
O resto é conhecido: Com o governo a submergir na onda de indignação
que provocou, Paulo Portas foi o primeiro a saltar para o salva-vidas, abandonando o parceiro de coligação. Só, no meio da tormenta, com o barco da governação a meter água por todos os lados, Passos Coelho pede aos trânsfugas que o salvem.
Sabe Deus o que isso lhe vai custar...