Esta parece ser a palavra de ordem mais consensual da
manifestação de hoje. Ninguém vê futuro com este governo. Faltou a tudo o que
prometeu e fez tudo ao contrário. O programa com que ganhou as eleições foi apenas para isso:
ganhar as eleições.
No plano financeiro aumentou a divida, e, apesar do insuportável aumento de impostos (IMI, IVA, IRS...) e dos brutais cortes de salários e pensões de reformados, não consegue
controlar o deficit.
No plano económico, mergulhou o país numa espiral recessiva de
que ninguém sabe como sair. O desemprego atinge proporções bíblicas.
O país assiste, atónito, ao encerramento de milhares de empresas, à venda das melhores empresas públicas, ao empobrecimento de uma classe média em extinção.
No plano ético, bastaria o exemplo de Miguel Relvas para
colocar este governo no pódio dos que não olham a meios para atingir os fins. O recrutamento de jornalistas como “assessores” (só do DN são 10) é outro exemplo da má fé deste governo para com os governados, submergindo-os com propaganda enquanto os afunda na miséria.
E, no entanto, continua no Palácio de Belém um
Presidente da República que devia ser o primeiro a indignar-se com a situação, mas,
aparentemente, assiste impávido e conivente ao delapidar do património do país e dos
cidadãos.
Será porque a geração que agora manda no
PSD teve bons mestres e não quer ficar atrás? Se a geração cavaquista
fez o que fez ao BPN, imagine-se o que restará do pote depois do assalto da geração jotista…